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Juvenal aprova atitude de Borges e quer vaga

Presidente do São Paulo acreita na recuperação do time em 2009

O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, é conhecido por acompanhar de perto o time. O mandatário tricolor já foi diretor de futebol e participa de todas as decisões do departamento de futebol do clube.

Em má fase no ano, o Tricolor tenta a recuperação e a primeira vitória no Brasileirão neste domingo, contra o Cruzeiro, no Morumbi. E apesar de admitir que a equipe não vive um momento, o presidente, em entrevista exclusiva ao LANCENET!, espera que o time melhore nesta temporada e ainda sonha com a vaga para as semifinais da Libertadores.

- Há temeridades, mas eliminar o Cruzeiro é possível. O resultado do Mineirão não foi ruim, mas tivemos momentos muito ruins. Temos alguns jogos até a volta, no dia 17. Vamos ver como as coisas caminham. Se eu não sentir evolução, talvez seja momento de ter mais uma conversa com os jogadores - afirmou.

Lembrando do jogo contra a Raposa, o presidente contrariou o senso comum e aprovou a atitude do atacante Borges, que ficou no banco de reservas na última quarta-feira e reclamou da escolha do técnico Muricy Ramalho.

- Vou dar uma palavrinha com o Borges. Eu gosto desse tipo de atitude. Está tudo bem (risos). Jogador satisfeito com o banco de reservas, para mim, não serve - afirmou o presidente.

Confira a entrevista completa do presidente Juvenal Juvêncio:

Borges
“Vou dar uma palavrinha com o Borges. Eu gosto desse tipo de atitude. Está tudo bem (risos). Não se pode esticar a conversa. Não se dá conselhos para jogadores de futebol, nem se passa a mão na cabeça. É uma palavra só, de reprovação, ou apoio, ou para corrigir um rumo. Mas não se pode estender, é preciso ser curto e grosso. No caso do Borges, não será em tom de reprovação. Jogador satisfeito com o banco de reservas, para mim, não serve.
Isso é outra coisa, se eu te respondesse isso, entraria num mérito que não devo (quando questionado se discordou da escalação do técnico Muricy Ramalho na última quarta-feira, com Borges no banco de reservas). O que posso dizer é que concordei com o fato dele ter externado seu inconformismo. Eu ficaria muito decepcionado se ele aceitasse passivamente essa condição de reserva. Não seria um jogador guerreiro. Estamos acostumados a lidar com o Borges, sei como ele é. Esse assunto é espinhoso porque causa algum tipo de desconforto, mas sempre trato com galhardia. Posso garantir que nos ajustaremos de forma simples, e sem alarde”.

São Paulo em 2009
“É difícil responder por que, pelo terceiro ano consecutivo, a equipe demora a engrenar. Oxalá, isso se repita e o São Paulo engrene a partir de agora. Mas essa observação (sobre os problemas nos primeiros semestres) é verdadeira. Não vejo nenhuma razão soberana para que isso aconteça. Terminamos muito bem o ano passado, demos uma reformulada, trouxemos jogadores importantes, titulares, consagrados, referendados. Mas nem todos estão mostrando o futebol que mostravam nas outras equipes. Isso precisa ser corrigido e entendo que há tempo para os ajustes.
Acho que, pelo fato de termos mantido boa parte do time do ano passado, e reforçado o grupo, deveríamos ter tido um primeiro semestre melhor. Isso mostra que o time que terminou o Campeonato Brasileiro do ano passado era melhor do que esse. Precisamos de atletas que joguem com leveza, ousadia, tenham juventude. E esses atletas estão no São Paulo. Acho que está chegando o momento de ver a excelência destes garotos. Wellington, Oscar, Marlos, que chegou agora, Sérgio Mota. Eles serão os titulares no futuro, pode acreditar nisso.”

Reforços
“Pensamos em contratar um zagueiro, mas não estou encontrando no mercado. E já cansei de trazer meio jogador. Vou esperar um pouco mais, até encontrar alguém em quem eu possa realmente confiar.
O Alex Silva não volta, nada, para o Corinthians. Ele não sai de lá. Mas se voltar, volta para o São Paulo, tenho segurança disso. Estamos sempre atentos a bons negócios, mas não está fácil. Pensamos em trazer o Juninho Pernambucano, e ele cogitou a possibilidade de jogar aqui. Mas me parece propenso a continuar no exterior. Até já foi conhecer uma cidade por lá. Ninguém conhece cidades se não tiver bons números em suas mãos.
O Ronaldinho Gaúcho tem um acordo que, em agosto, chegará a 14 milhões de euros de salário. É uma bobagem pensar nisso. Às vezes, pululam notícias na imprensa porque interessa a algumas pessoas. E ele tem empresário, tem seu irmão...
E o Fernandão ainda tem um contrato de um ano e meio com seu clube na Arábia, recebendo um alto salário, satisfeito com sua situação. É outro negócio inviável.
Temos o hábito de contratar jogadores no meio do ano, mas não faremos negócio apenas por fazer. Ficaremos atentos às boas oportunidades que aparecerem, como foi o caso do Marlos, por exemplo.”

Libertadores
“Há temeridades, mas eliminar o Cruzeiro é possível. O resultado do Mineirão não foi ruim, mas tivemos momentos muito ruins. Anotei, no primeiro tempo, 14 bolas chutadas a gol do Cruzeiro contra nenhuma do São Paulo. Isso é inadmissível. Não se torce a estatística. O São Paulo só não perdeu de mais porque teve muita luta. A competência para jogar futebol foi zero. Temos alguns jogos até a volta, no dia 17. Vamos ver como as coisas caminham. Se eu não sentir evolução, talvez seja momento de ter mais uma conversa com os jogadores”.

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