O clima neste domingo será de festa, assim como aconteceu na última quarta-feira, pelo primeiro jogo das quartas de final da Libertadores, no Mineirão. Mas desta vez São Paulo e Cruzeiro se enfrentarão no Morumbi pelo Brasileiro. A casa estará cheia, sim. Mas não por causa da importância do duelo, que na verdade passa a ser um teste para o encontro do dia 17, pela competição continental. O motivo de público máximo é o anúncio das cidades brasileiras que receberão jogos da Copa de 2014. A Fifa fará o pronunciamento pouco antes da partida, e os torcedores acompanharão em um telão. O Morumbi é o estádio que representa o Estado de São Paulo. Os ingressos foram trocados por alimentos, e os torcedores ganharam camisas especiais para o evento. A comemoração já está pronta.

O embate, que terá início às 16h (de Brasília), tem sua importância principalmente para o Tricolor, que ainda não venceu no Brasileiro. Tem apenas dois pontos em três jogos e está na 16ª posição. O Cruzeiro soma seis, em quarto lugar. Mas, mesmo com a necessidade de vencer, o anfitrião sabe que a partida será uma espécie de prévia do encontro pela Libertadores. O que os jogadores tentarão desta vez é mostrar que é possível bater a Raposa, de preferência sem levar gols. Os mineiros fizeram 2 a 1 na última quarta e saíram na frente nas quartas de final.

- A gente sabe que de um jogo para outro muda muito. Ainda está distante (a partida do dia 17), não sabemos quem vai jogar depois, eu também posso perder jogadores, mas é sempre bom enfrentar o adversário. Claro que o jogo em casa é fundamental, esse duelo vai estar lotado, o campo é nosso e temos que nos impor - explicou o técnico Muricy Ramalho.

Muricy faz mistério sobre escalação

Para esta partida, Muricy, que não divulgou a equipe, não conta com Richarlyson, que foi expulso contra o Palmeiras, e também não terá Hugo e Bosco, que seguem em recuperação no Reffis. Denis será novamente o titular no gol. Na zaga, Muricy pode colocar Renato Silva para formar o trio com André Dias e Miranda. Ou adotar o 4-4-2 e escalar Junior Cesar na lateral esquerda. Como o treinador gostou do desempenho da dupla Dagoberto e Washington contra o Cruzeiro, Borges, que reclamou da reserva, ainda não deve voltar a ser titular.

Briga pela vaga de Thiago Ribeiro

Como não vai jogar no meio da próxima semana, o técnico Adilson Batista pretende escalar o Cruzeiro com força máxima. A meta é vencer o São Paulo fora de casa e se aproximar da liderança. Mas o treinador tem um problema no ataque. Com um estiramento muscular na coxa direita, o atacante Thiago Ribeiro não vai jogar. Sendo assim, está aberta a vaga para ser parceiro de Kléber. São três opções: Wellington Paulista, Zé Carlos e Wanderley. Insatisfeito com a reserva, o primeiro espera ter a chance de começar novamente uma partida como titular.

- Está complicado (risos). Conversei com o Zé Carlos e a gente não queria começar o jogo com a contusão de um companheiro, mas o futebol é assim mesmo. Se o professor optar por mim ou por ele, vamos estar preparados. Eu quero voltar a jogar. Na hora que isso acontecer, vou pegar ritmo de jogo e ter uma sequência. Faz um tempinho que estou sem jogar uma partida inteira. Não acontece desde o Mineiro – ressaltou.

O técnico Adilson Batista, porém, não confirma quem vai jogar em nenhuma das posições. Na zaga, Thiago Heleno deve formar dupla com Leonardo Silva, mas Léo Fortunato pode aparecer. Nas laterais, Jonathan e Gerson Magrão não apresentam problemas físicos. O volante Ramires fará o último jogo antes de ir à seleção brasileira para os jogos contra Uruguai e Paraguai, pelas eliminatórias, e Copa das Confederações, no próximo mês. Ao lado dele, devem jogar Henrique, Fabrício e Marquinhos Paraná. Adilson lamenta a perda de um atacante velocista e vai considerar a maneira de jogar do adversário para definir o substituto de Thiago Ribeiro.

- A gente cria algumas alternativas. Pode mudar um pouco a característica do time. Cabe a nós observar o que a gente entende o que seja melhor para cada jogo. Tenho Wanderley, Wellington e Zé. Aí vou ver quem joga do lado do Kléber, em cima também do que o São Paulo pode adotar. Se vai vir com uma linha de quatro, se joga com três zagueiros, tudo isso eu analiso e vou colocar aquilo que entenda ser melhor - disse.