Eles foram companheiros de seleção brasileira olímpica na conquista da medalha de bronze nos Jogos de Pequim, na China, no ano passado. Desde aquela época, são apontados como revelações e candidatos fortes a um lugar no time principal do Brasil. Apesar das semelhanças, estarão em lados opostos nesta quarta-feira. Os jogadores em questão são Ramires, do Cruzeiro, e Hernanes, do São Paulo. As equipes iniciam a disputa das quartas de final da Libertadores, às 21h50m (de Brasília), no Mineirão. Os volantes, que hoje jogam mais como meias, são peças importantes nos esquemas de Adilson Batista e Muricy Ramalho.

Ramires vive um momento melhor. Foi vendido no fim da semana passada para o Benfica, de Portugal, e convocado pelo técnico Dunga para os jogos contra Uruguai e Paraguai, pelas eliminatórias, e para a Copa das Confederações. Hernanes foi eleito o melhor jogador do Brasileirão em 2008, despertou interesse de clubes europeus, mas caiu de produção, assim como toda a equipe do São Paulo.

Quem já foi adversário dos dois, elogia. Quem está do mesmo lado, também. É o caso do lateral-esquerdo Athirson. Experiente, o jogador do Cruzeiro aponta os pontos fortes de cada um.

- São jogadores de muita qualidade. Fiquei feliz com a negociação e a ida do Ramires para a seleção brasileira. Tem um pulmão fora do normal, força, alegria de jogar e a tranquilidade para fazer gols. Isso tudo faz dele um jogador diferenciado. O Hernanes dribla com facilidade e tem visão de jogo como o Ramires. A diferença é que o Ramires tem o pulmão maior e é veloz. O Hernanes é mais forte. Olhando você consegue reparar (risos) – disse, observado por Ramires durante entrevista coletiva.

Atento ao jogo desta quarta, o camisa 8 celeste não se ilude com o momento ruim de Hernanes. Para ele, o adversário e amigo é capaz de levar o São Paulo à vitória. Algo que está completamente fora dos planos cruzeirenses para o jogo de ida.

- Sabemos do potencial do Hernanes, que é diferenciado e pode resolver a partida. Toda atenção com ele é pouco – alertou.