Na costura por uma rescisão amigável do contrato de Pablo com o São Paulo, o estafe do jogador quer cláusulas que inibam atrasos nos pagamentos da dívida do clube com o atleta.
Conforme apurou a coluna, o entendimento é de que o atacante só pode assinar o documento se tiver segurança de que não irá enfrentar novos atrasos.
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A justificativa é o fato de o São Paulo não cumprir por duas vezes acordo para quitar pagamentos atrasados. Isso em relação ao trato feito para reduzir as remunerações dos jogadores no início da pandemia de covid-19.
A redução com posterior pagamento da parte pendente foi feita na gestão de Leco. Quando assumiu a presidência, Julio Casares renegociou o pagamento, alterando o prazo para a quitação. O dirigente estipulou um modelo pelo qual os jogadores receberiam de acordo com a entrada de receitas.
As eliminações na Copa do Brasil e na Libertadores deixaram o clube sem dinheiro suficiente para quitar a dívida integral com o elenco.
As partes não detalham os valores, mas é possível afirmar que a dívida com Pablo está entre cerca de R$ 2 milhões e R$ 2,5 milhões.
De acordo com a apuração deste colunista, o estafe de Pablo entende que, nesse cenário, só é seguro aceitar um acordo com cláusulas que estipulem sanções. Como, por exemplo, multa e pagamento antecipado do restante da dívida em caso de atraso no parcelamento. O número de parcelas não é visto como um problema.
Procurado, o departamento de comunicação do clube respondeu que ""o São Paulo Futebol Clube não fala sobre as negociações com jogadores."
As conversas para a rescisão de Pablo caminhavam em ritmo lento até sexta (21).
O jogador abre mão de R$ 15 milhões que teria a receber até dezembro de 2023 para ficar livre do compromisso, mas não aceita perdoar a dívida ou dar um desconto para o clube.
O estafe do atleta entende que já tem elementos para conseguir a rescisão na Justiça, mas essa hipótese não é considerada. O desejo de Pablo é sair de forma amigável.
No Morumbi, há quem entenda que o clube deve insistir no perdão da dívida diante da possibilidade de Pablo retornar de graça para o Atlhetico. Dificultar a negociação seria uma forma de tentar com que o Furacão desembolse algum valor para ter o jogador. Assim, Pablo não retornaria de graça para o clube que recebeu cerca de R$ 26 milhões do São Paulo para vendê-lo.
O Tricolor pretende manter participação nosdireitos econômicos do atacante.
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