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"Fico muito feliz. É uma camisa que grandes craques tiveram a honra de vestir, e eu sou um cara privilegiado de também poder vestir esta camisa. Camisa 10 de Raí, Zizinho, Pita, Pedro Rocha, Hernane? É uma camisa de muito peso na história desse clube. Sei que é uma responsabilidade, mas venho para fazer meu trabalho e sei do que preciso fazer com os companheiros, no dia-a-dia, para ajudar o São Paulo a alcançar seus objetivos", discursou o meio-campista.
A camisa 10 do São Paulo estava vaga desde a saída de Daniel Alves, que teve seu contrato rescindido em setembro. Agora o novo dono quer ressignificar o número para o torcedor são-paulino, e por que não começar já no primeiro jogo da temporada, na próxima quinta-feira (27)?
"O tempo [de preparação] é bem curto, mas eu vim para cá sabendo disso e me preparei, estava treinando antes da apresentação. Vou precisar de adaptação, mas nada muito longe do que já vinha fazendo. O Rogério tem me usado em algumas posições [nos treinos], algumas formações diferentes, e vamos ver o que ele prepara para estreia", diz Nikão, sorrindo, dando a entender que está à disposição para o jogo contra o Guarani, pelo Campeonato Paulista, daqui a uma semana.
Aos 29 anos, Nikão assinou contrato de três temporadas e chega com a missão de repetir as boas atuações que teve nos sete anos de Athletico. Ele chegou a ser dado como reforço certo do Internacional nesta janela de transferências, mas escolheu o Tricolor.
"Realmente foi tudo muito rápido, eu resolvi e deu certo de vir para o São Paulo. É uma oportunidade única, muitos jogadores gostariam de jogar aqui, então quando a proposta apareceu eu não pensei duas vezes em vestir essa camisa", afirmou na coletiva, adicionando que "não tem como dizer não para este clube".
Assista a coletiva na íntegra:
Veja outras respostas de Nikão na apresentação:
Papo com Ceni
"Tive uma conversa com o Rogério antes de vir. Ele colocou o que ele pensa, como ele entende que será bom para mim e para a equipe. É um cara que dispensa comentários, conhece o São Paulo como poucos, um grande ídolo. Agora é trabalhar bastante, desfrutar de tudo isso daqui e deixar nas mãos do Rogério o que for melhor para a equipe."
História de superação
"Já falei muitas vezes de onde vim: sou um mineirinho que saiu lá do interior, da cidade de Montes Claros, que agora parece estar vivendo um sonho ao chegar a um clube como este. Vestir a camisa 10 é uma responsabilidade muito grande, mas tenho minha história e tento passar algo disso para os mais jovens. Perdi minha mãe aos oito anos, por um câncer; aos 16, minha vó, que cuidou de mim, teve infarto e também a perdi; aos 23 anos perdi um irmão em um acidente; meu pai não conheci e até hoje não conheço. Passei por muitas dificuldades, muita luta, mas Deus tem me sustentado, tenho uma família, esposa e filhos lindos. Só tenho a agradecer por poder vivenciar este momento e estar em um clube deste tamanho. Vai me exigir bastante, mas estou preparado."
Mudança após sete anos de Athletico
"Com o São Paulo já havia um namoro faz alguns anos, mas sempre bateu na trave e nunca se concretizou. Agora as coisas aconteceram. A mudança é natural: eu saí de casa com 11 anos, joguei em muitas equipes, em muitas cidades. Quem sofre um pouco é minha esposa, os filhos, porque ficaram sete anos em Curitiba. Isso exige adaptação, mas conversamos, e eles disseram para eu vir, que estariam comigo. Se cabe minha família, me cabe. Tem adaptação, mas São Paulo é uma camisa que não tem como dizer não. Se aparecer, tem que dizer sim."
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