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"Eu gostaria de saber se eu pude alguma vez nesses seis meses repetir os mesmos 11 jogadores. Você pode falar se eu poupei ou se foram escolhas, mas a questão é que nunca pude repetir. Não lembro de poder repetir os mesmos 11", disse o treinador.
A lamentação faz sentido. Levantamento feito pelo ESPN.com.br mostra que, em 41 jogos na atual temporada, Crespo só conseguiu repetir a escalação uma única vez: contra Ferroviária e Mirassol, na fase final do Campeonato Paulista.
O curioso é que isso aconteceu quando menos se esperava, já que as partidas foram separadas por apenas dois dias. O São Paulo fez 4 a 2 na Ferroviária no dia 14 de maio, uma sexta-feira, e voltou a jogar logo no domingo, dia 16, quando enfiou 4 a 0 no Mirassol.
Nestes dois jogos, Crespo escalou o Tricolor com: Tiago Volpi; Arboleda, Miranda e Léo; Igor Vinicius, Luan, Liziero, Gabriel Sara e Reinaldo; Benítez e Pablo.
Mas, mesmo quando conseguiu repetir o time, o treinador sofreu com desfalques, já que Daniel Alves, Luciano e Eder estavam machucados e, portanto, indisponíveis para esses jogos.
Crespo começou a trabalhar efetivamente no São Paulo em 26 de fevereiro, uma sexta-feira, dia seguinte ao encerramento do Campeonato Brasileiro. No domingo, já estreou: empate por 1 a 1 com o Botafogo-SP, em que montou o time com: Tiago Volpi; Arboleda, Bruno Alves e Léo; Igor Vinicius, Daniel Alves, Igor Gomes, Gabriel Sara e Reinaldo; Luciano e Pablo.
De lá para cá, mudanças foram constantes na equipe titular. Às vezes por opção, a maioria por obrigação a partir de lesões ou suspensões. Crespo também precisou rodar o elenco, como fez em parte do Paulistão e da Conmebol Libertadores.
Em diversas oportunidades, o treinador mandou a campo um São Paulo inteiramente reserva. Foi assim contra Guarani, Ituano e Mirassol, todos na primeira fase do Paulistão, mais três jogos na fase de grupos da Libertadores e o confronto com o 4 de Julho, na estreia da Copa do Brasil.
Mas nem isso impediu diversos problemas físicos, consequência, entre outras coisas, do planejamento de emendar uma temporada em outra. O São Paulo foi um dos poucos, se não o único dos chamados grandes, a não dar férias aos jogadores, já que iniciava um novo trabalho com Crespo e via o Paulistão como a maior chance para sair da fila.
A conquista de fato aconteceu, mas agora a comissão técnica tenta recolocar o time nos eixos fisicamente para o restante da temporada. São 52 jogos em 2021, somando a reta final da temporada passada e esta, com pelo menos mais 27 garantidos, entre Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil.
É bastante tempo para repetir a escalação. Mas certamente não será contra o Vasco. Marquinhos, atacante promovido da base, deixou o clássico com problemas musculares e deve passar algumas semanas de molho. Para não correr mais riscos, Crespo deve rodar a equipe que tentará a classificação em São Januário.
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