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SPFC expulsa ex-diretor e oposição fala em perseguição no conselho

Edson Lapolla, ex-diretor, foi expulso do São Paulo por causa de e-mail enviado em 2019
Imagem: Arquivo Pessoal


Por causa de um e-mail de novembro do ano passado, o São Paulo expulsou do seu conselho deliberativo e quadro de sócios o ex-diretor de marketing e candidato à presidência em 2011 Edson Lapolla. Na mensagem enviada a alguns conselheiros em 2020, com título "nuvens grafite", Lapolla diz que a torcida são-paulina chegou a cantar "fulano ladrão, São Paulo campeão" em homenagem a dirigentes, e cita o "caso dos Jacks" - referência ao episódio de 2014 no qual o São Paulo fez um acordo de R$ 18 milhões de comissão com a Far East, empresa chinesa representada por um americano chamado Jack Banafsheha, para intermediação do contrato de fornecimento de material com a Under Armour. O acordo acabou cancelado.



A comissão de ética do clube desmembrou, por conta própria, o e-mail de Lapolla em duas infrações: ofensa ao ex-presidente José Eduardo Mesquita Pimenta e ofensa à chapa grafite das eleições do clube - a Juntos pelo São Paulo, do atual presidente Júlio Casares, que venceu as eleições. Casares e seu assessor Douglas Schwartzmann integravam o departamento de marketing do São Paulo na época da negociação envolvendo Under Armour e Far East. Para cada infração, foi dada uma suspensão; uma de 120 dias, outra de 140 dias, ambas referendadas pelo Conselho Deliberativo. Em documento assinado junto com o diretor financeiro Sérgio Fonseca Pimenta, Casares determinou a expulsão, citando que, pelo regimento interno do clube, duas suspensões superiores a 20 dias no intervalo de um ano levam à eliminação. À De Primeira, Lapolla afirmou que vai à Justiça. "Eu vou defender o São Paulo e falar dessas coisas até quando não der mais para falar. Até o São Paulo resolver esses problemas, esse problema da Far East, os problemas que começaram a ser varridos para baixo do tapete. Claro que vou à Justiça".


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O presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, Olten Ayres de Abreu, afirma que as decisões seguiram todos os procedimentos legais e foi referendada por 65% do órgão. " O presidente da comissão de ética é um juiz criminal, outros membros são ligados à área do direito. Tudo correu dentro do maior cuidado e zelo dentro do aspecto legal. As decisões no São Paulo são colegiadas, o Lapolla foi condenado dentro dessa estrutura, de duas condenações. E assim entendeu 65% do conselho, que ratificaram as punuções. Não estamos falando de um tribunal de exceção".

Oposição vê clima de perseguição no conselho do São Paulo

Em contato com a coluna, conselheiros e associados da oposição do São Paulo, em sua maioria, atribuem a expulsão de Lapolla a um crescente clima de silenciamento e uma "caça às bruxas" no conselho deliberativo do clube e suas comissões. Na última semana de abril, o presidente do órgão Olten Ayres de Abreu Jr. cortou a fala do conselheiro Marcelo Portugal Gouvêa durante reunião transmitida ao vivo - na passagem cortada, Portugal Gouvêa questionava o tom utilizado pelo presidente com outro conselheiro. A reunião chegou a ter 87 mil espectadores. Em fevereiro, comissões nomeadas pelo conselho recusaram a candidatura do sócio Caio Forjaz ao Conselho Fiscal - Forjaz não é ligado à situação e teve seu comprovante de residência rejeitado. O associado conseguiu, na Justiça, o direito de concorrer e foi eleito para uma cadeira no órgão.



Ayres de Abreu Jr. admite que tem conduzido o conselho com rigor, mas nega que haja qualquer excesso. "Quando você vem de uma cultura de que se tudo se pode fazer para uma onde só se pode fazer o que está escrito, alguns verão rigor excessivo", afirma. O presidente do órgão diz que caso haja processos contra conselheiros ligados à situação, o tratamento será o mesmo. "Não existe uma só representação por parte de conselheiros da oposição contra conselheiros da situação. Como você pode presumir que se puna alguém se sequer existe representação?". (Por Pedro Lopes).

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Comentários (9)
prata
11/05/2021 20:28:34 Sid_Soberano

Pra mim isso foi “queima de arquivo”,mas mesmo que casares tenha tido algum envolvimento neste caso,se olharmos e analisarmos tudo que aconteceu nos últimos anos,hoje não haveria praticamente ninguém no conselho,pois honestidade no meio de tanto dinheiro correndo durante o ano,eh impossível alguns conselheiros ou dirigentes resistirem pois sabemos que o clube está nesta merda porque além dos ex presidentes não gastarem em contratações certas,muitos empresários envolvidos nos últimos negócios deram comissões para eles(conselheiros e ex dirigentes),para que muitos negócios fossem aprovados ou não…

Não adianta vc(torcedores)ser inocente e acreditar que não exista um conselheiro ou dirigente honesto,porque se você fosse um investigador,certamente descobriria muitos podres que a mídia não tem acesso…

Hoje com tantas dívidas que o clube tem pendente,se o Casares por exemplo,fizer algo do tipo,aí sim,o clube vai para a falência!

Estás coisas jamais vai acabar porque,no escuro ninguém enxerga o que realmente estará acontecendo por trás de tantos negócios,seja de patrocinadores,jogadores sendo vendidos,emprestados ou mesmo contratados e etc…

Agora chegou a hora do Velho Gaga Leco ser expulso da Diretoria, do Conselho e de frequentar o Morumbi por tudo que ele fez e endividar o Clube contratando Jogadorzinhos e Perrebas.

11/05/2021 09:53:36 Walter Morais

O leco merece uma CADEIRA. ELÉTRICA.

11/05/2021 09:37:42 Lourival Colamego

Tem que expulsar tambem Leco e toda sua comisao incopetentes e corruptos da gestao passada!

11/05/2021 09:28:27 Jamil Fiod Neto

E o Leco? Vai ser expulso tb?

11/05/2021 09:10:18 José Rodrigues da Cruz

Tem q jogar tudo no ventilador ,dizer o q sabe ,sem deixar uma vírgula pra trás

11/05/2021 08:48:08 Agnaldo Jose Nogueira

Isso é vergonhoso é politicagem ve não política.

11/05/2021 08:47:46 Filipe Vasconcelos Sacca

O SPFC não conseguiu explicar o caso Jack na gestão do Aidar... entao jogaram um pano por cima e agora expulsa quem tentar trazer o trambique a tona? Será que é porque tem gente da atual diretoria que estava envolvida no trambique?

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