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15 anos de saudades do Mestre Telê!

No Morumbi, o São Paulo venceu o Caracas, da Venezuela, por 2 a 0, em jogo da Copa Libertadores da América. O clima de euforia com a conquista e a classificação em primeiro lugar no difícil grupo do Chivas Guadalajara, além do futuro Choque-Rei nas oitavas de final da competição, foi, contudo, dissipado e sublimado, no dia seguinte, para o de um profundo pesar pelo falecimento do eterno Telê Santana.



No final da manhã de 21 de abril de 2006, precisamente às 11h50, no hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, Telê veio à óbito por falência múltipla de órgãos. O ex-técnico são-paulino havia permanecido internado por quase um mês, lutando contra uma infecção abdominal.


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Hoje, quinze anos depois, o “Fio de Esperança”, para muitos, mas “Mestre Telê” para todos os tricolores, ainda é homenageado e tem seu nome reverberado a plenos pulmões pela torcida no estádio. Justo. Ídolo por onde passou, consagrou o futebol arte e mostrou que ser campeão somente não bastava, era preciso tornar cada partida um momento inesquecível.

No São Paulo Futebol Clube, Telê fez história conquistando dez títulos oficiais e outros tantos torneios amistosos. As taças dos dois mundiais interclubes, as duas Libertadores da América e o Brasileiro de 1991, são, entretanto, as maiores conquistas dentre as suas menores vitórias: obstinado em recuperar a imagem que consagrou internacionalmente o futebol brasileiro, lutou até onde pôde para provar que um time técnico e bonito de se ver podia ser vencedor. E conseguiu.

Enfrentou a violência dentro dos campos, a má qualidade dos gramados, os erros de arbitragem, o descaso das federações e guerreou uma batalha particular para que a paixão nacional reencontrasse seu rumo dentro e fora das quatro linhas.

Em 1990, retornou ao Tricolor com olhares de desconfiança pesando em suas costas. Foi uma escolha arriscada: o mineiro de Itabirito havia sido, pouco antes, demitido do Palmeiras e ainda pairava sobre ele – quase como folclore – a alcunha de pé-frio por causa das eliminações em Copas do Mundos com a Seleção Brasileira nos anos de 1982 e 1986.

Por isso, dedicou-se ao Tricolor de corpo e alma. Até mesmo morou no CT do clube para acompanhar tudo de perto (e, como dizem os amigos mais próximos, também economizar uns trocados – Telê fez fama de, digamos, economizador), cobrando e exigindo o máximo de seus comandados. Um grande exemplo é o lateral-direito Cafu, recordista de jogos pela seleção verde-amarela e discípulo do Mestre: “Eu não gostava de ser lateral, mas ele exigiu que eu me aperfeiçoasse. Foi um grande homem e um grande pai” (Folha de S. Paulo, 22/04/2006).

Passo a passo, Brasil e o Mundo se renderam ao trabalho do treinador perfeccionista. Em pouco tempo o globo tinha três cores e era de Telê. Em Tóquio, superando o grande Barcelona (por 2 a 1) dez anos depois da fatídica queda da Seleção Canarinho, Telê se consagrou campeão mundial.

Mas não parou por aí. Em 1993, levou o São Paulo à soberania na América vencendo a tríplice coroa continental: a Taça Libertadores, a Supercopa e a Recopa. No Japão, ao fim do ano, após bater outra esquadra europeia (o Milan, por 3 a 2), Telê entregou ao mundo uma obra prima, uma obra de arte bicampeã mundial!

Quinze anos de saudades. Quinze anos de saudosa reverência e admiração. Para sempre, Mestre Telê Santana!


Telê Santana

Técnico


1973 e 1990 - 1996
Nascimento: 26/07/1931
Falecimento: 21/04/2006
Títulos oficiais conquistados no SPFC: Campeão Mundial Interclubes 1992 e 1993; da Taça Libertadores da América 1992 e 1993, da Supercopa Sul-Americana de 1993; da Recopa Sul-Americana de 1993 e 1994, do Campeonato Brasileiro de 1991 e do Campeonato Paulista de 1991 e 1992.


CARREIRA PROFISSIONAL

Como jogador:


Fluminense, 1951-1960
Guarani, 1960-1962
Madureira, 1962
Vasco da Gama, 1962-1963

Como treinador:

Fluminense, 1969-1970
Atlético Mineiro, 1970-1972
São Paulo, 1973-1973
Atlético Mineiro, 1973-1975
Botafogo, 1976-1976
Grêmio, 1976-1978
Palmeiras, 1979-1980
Seleção Brasileira, 1980-1982
Al-Ahli, 1983-1985
Seleção Brasileira, 1985-1986
Atlético Mineiro, 1987-1988
Flamengo, 1988-1989
Fluminense, 1989-1989
Palmeiras, 1990-1990
São Paulo, 1990-1996

TÍTULOS OFICIAIS

Como jogador:


Campeão Carioca Juvenil de 1950 (Fluminense)
Campeão Carioca de 1951 e 1959 (Fluminense)
Campeão da Copa Rio de 1952 (Fluminense)
Campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1957 e 1960 (Fluminense)
Como treinador:

Campeão Carioca Juvenil de 1967 (Fluminense)
Campeão Carioca Júnior de 1968 (Fluminense)
Campeão da Taça Guanabara de 1969 (Fluminense)
Campeão Carioca de 1969 (Fluminense)
Campeão Mineiro de 1970 (Atlético-MG)
Campeão Brasileiro de 1971 (Atlético-MG)
Campeão Gaúcho de 1977 (Grêmio)
Campeão Árabe de 1983 (Al-Ahli)
Campeão da Copa do Rei de 1984 (Al-Ahli)
Campeão da Copa do Golfo de 1985 (Al-Ahli)
Campeão Mineiro de 1988 (Atlético-MG)
Campeão da Taça Guanabara de 1989 (Flamengo)
Campeão Brasileiro de 1991 (São Paulo)
Campeão Paulista de 1991 (São Paulo)
Campeão da Copa Libertadores de 1992 (São Paulo)
Campeão Mundial de 1992 (São Paulo)
Campeão Paulista de 1992 (São Paulo)
Campeão da Copa Libertadores de 1993 (São Paulo)
Campeão da Recopa de 1993 (São Paulo)
Campeão da Supercopa de 1993 (São Paulo)
Campeão Mundial de 1993 (São Paulo)
Campeão da Recopa de 1994 (São Paulo)



PRÊMIOS

Belfort Duarte - por passar dez anos sem ser expulso em no mínimo 200 jogos nacionais ou internacionais
Técnico da Seleção da América - Jornal El País: 1992
Título de Cidadão Paulistano: 2003



Anos, saudades, Mestre, Telê

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Comentários (13)
22/04/2021 11:42:57 Julio Guilger

Que Deus o tenha!

bronze
22/04/2021 09:43:32 TS

Eterno Mestre Telê!

Uma das maiores emoções que vivi no estádio foi no Tri da Libertadores em 2005, quando no final do jogo, a torcida toda começou a cantar o nome do Telê.

Já adoecido, ele ouviu a homenagem pela TV, ao vivo. O filho dele deu uma entrevista sobre isso e comentou que ele ficou emocionado.

Um dos sentimentos mais nobres do ser humano é a gratidão. Nunca tive tanto orgulho da nossa torcida como naquele dia. Mesmo com o Tri garantido, confesso que foi só naquele momento que chorei de emoção.

21/04/2021 21:03:35 Antonio Carlos Cortez

Simplismente. UM MESTRE.

21/04/2021 20:26:32 Ivahyr Campos

MESTRE!!! Estará sempre em nossos corações. Muito obrigado, eternamente.

21/04/2021 18:40:08 Jose Trajano Borge Filho

O maior de todos.

21/04/2021 16:35:06 Osmair Silva

Muito orgulho de ter tele como técnico do São Paulo

21/04/2021 15:38:52 Helio di paula Sarti

O melhor de todos

21/04/2021 15:18:52 Alvaro Guedes

Como meu pai não torcia pra time nenhum, fui pegando gosto pelo SPFC no final dis anos 80. Daí com a chegada do mestre Telê me tornei um São Paulino fanático. Só quem viveu essa fase sabe o tamanho desse MONSTRO!!! Pra mim o maior ídolo da nossa história.

21/04/2021 15:16:52 MARCELO SILVA

Na minha opinião foi o maior técnico que o São Paulo já teve e foi o melhor da seleção, mesmo não ganhando a copa do mundo de 82, o Brasil merecia ser campeão.

21/04/2021 13:37:28 Armando Aparecido

Eu estou chorando d emocao se sou sao paulino porque sao paulo fc e nome d cidade que eu nasci eu ama meu tricolor graca ao tricolor so eu sei quantas alegria tele santana deu tantas alegria eu como sao paulino e para todas nacao tricolor paulista pra nem crespo nenhum tecnico nunca vai chegar ao pes d tele santana

21/04/2021 13:13:31 Jair Silva

Saudade, baita Tecnico. O melhor que vi . No Brasil. Completo saudade , eu vi esse. Maravilhoso tecnico . Trabalhar

21/04/2021 12:56:42 Eurico Xavier

Grande Tele como técnico e como pessoa

21/04/2021 12:55:44 davi marcovitch

Camisa comemorativa cairia bem para lembrar o MESTRE TELÊ

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