Diante do cenário de pandemia e indefinição sobre o futuro financeiro dos clubes, o São Paulo investe no mercado em "oportunidades de negócio". Para 2021, destacam-se as chegadas de Miranda e Eder, que deixaram o futebol chinês após o fechamento do Jiangsu Suning para assinar com o clube tricolor. A origem da vinda dos dois atletas, contudo, resgata uma recente desconfiança.



A competividade mais baixa do Campeonato Chinês e o longo período sem jogos geraram questionamentos sobre Eder, reforço apresentado na tarde da última quarta-feira, no Morumbi.

Além do experiente atacante de 34 anos, o zagueiro Miranda também chegou ao São Paulo após passagem pelo futebol chinês.

— Acho que a diferença que tem da Europa para a China é um pouco a visibilidade. Na Itália, você tem mais acesso a jogos. Mas eu treinava mais na China do que na Inter de Milão. A comissão técnica era de romenos, era considerado o Mourinho na Ásia. Nível muito bom de treinos — defendeu Eder, antes de se apegar a outro exemplo são-paulino.



— O Hernanes voltou da China em 2017 e foi bem boa (a passagem). É a questão do sacrifício, de você ter a vontade de se cuidar, com treino forte, alimentação — acrescentou.

A passagem de Hernanes citada por Eder acaba como um ponto acima da curva no histórico recente de reforços oriundos do futebol chinês.

Em 2017, o meio-campista chegou para reforçar o São Paulo, ameaçado de rebaixamento no Brasileirão. Com nove gols, comandou a reação do time no torneio e entrou para a seleção da Série A.

Já desde o segundo retorno da China, no fim de 2018, Hernanes soma 77 partidas pelo São Paulo, sendo 36 como titular. Ou seja, desde a última volta após novamente atuar no país asiático, o veterano meio-campista de 35 anos foi titular em 46,7% das partidas.

Outro exemplo recente recai sobre Alexandre Pato, atualmente jogador do Orlando City, dos Estados Unidos. Em 2019, ao desembarcar no Morumbi pós-passagem pela China, o atacante anotou cinco gols em 22 partidas. Já no ano passado foram apenas quatro bolas nas redes em 13 partidas.

Portanto, Eder e Miranda chegam para também definir um olhar positivo sobre reforços experientes vindos do futebol chinês. Os dois, diante da paralisação do futebol paulista em virtude da pandemia do novo coronavírus, aproveitam os dias para se adaptar e melhorar fisicamente. O atacante, inclusive, se diz pronto para jogar.



— O Campeonato Chinês acabou em novembro, mas depois de uns 20 dias, em dezembro, comecei os treinamentos. Mas penso que cheguei em boas condições. Estou treinando desde o primeiro dia, consigo terminar todas as atividades. Normal, só assim para ir pegando o ritmo. Estou em boas condições — finalizou Eder.

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