lancenet/SÃO PAULO
Publicada em 12/4/2009 às 10:19
Mano preparado para força do São Paulo
Técnico fez treinos fechados para surpreender rival e se preocupa com a arbitragem
Gaúcho quer vencer Sampa pela primeira vez no comando do Timão (Foto: Tom Dib)
Gaúcho quer vencer Sampa pela primeira vez no comando do Timão (Foto: Tom Dib)
Rodrigo Vessoni
Rodrigo Vessoni ENVIADO ESPECIAL A ITU-SP
Entre em contato
Mano Menezes é o oposto de Muricy em termos de paciência. Mas é idêntico ao são-paulino quando os assuntos são trabalho e precaução com os detalhes que cercam uma decisão.
Foi isso que o treinador gaúcho demonstrou na semana que antecedeu a primeira partida da semifinal contra o São Paulo. Foram treinos fechados, bloqueios de entrevistas exclusivas dos jogadores, além do pedido para que todos medissem as palavras nas coletivas.
Foi exatamente isso que demonstrou nessa entrevista exclusiva ao LANCENET!, concedida em Itu. Nada passou ileso ao atento comandante do Timão. Nem mesmo os três gols impedidos do adversário desta tarde nos últimos dois jogos. Motivo de preocupação de Mano Menezes. Acompanhe:
L!NET: Na fase de classificação, você colocou um time contra o São Paulo que não deu certo. E você mesmo assumiu. Hoje será diferente?
Mano: Certamente, as questões estarão mais claras e trabalhadas no campo de treinamento, onde se tiram as dúvidas. Foi uma semana boa para isso. Mas tem o jogo e, às vezes, ele desmente. Mas, na maioria, confirma aquilo que você se propôs.
L!NET: A maioria dos jogadores acha que não haverá um placar elástico no primeiro jogo que já decidiria a semifinal. Concorda com eles?
Mano: É muito difícil. Você toma cuidado para não deixar acontecer. O jogador, no seu íntimo, sabe que não é a última chance para arriscar tanto. Ele trabalha com uma segurança maior. É preciso achar o ponto de equilíbrio. Ou seja, mesmo sem expôr tanto, será preciso buscar a vitória, ainda mais nossa equipe, que tem essa pequena desvantagem.
L!NET: Já são 23 jogos invictos no Pacaembu. Qual o peso da Fiel hoje?
Mano: Nosso torcedor, talvez, seja um dos únicos que não espera o time jogar bem para ajudar. Pelo contrário. É comum a gente sofrer um gol e a arquibancada levantar para ajudar porque sente que o apoio se faz necessário no momento. Mas, é lógico, se a equipe ajudar em campo, essa união ficará ainda mais forte, e teremos mais chances de vencer o São Paulo.
L!NET: Ronaldo afirmou que é preciso agredir o São Paulo no Pacaembu...
Mano: Em jogos dessa grandeza, é preciso mostrar para o adversário que você tem condição de vencê-lo. É assim que o Corinthians entra no Pacaembu. A primeira impressão para o adversário é de que, se ele vacilar, se deixar uma brecha, estamos aqui!.
L!NET: No Estadual do ano passado, o Corinthians reclamou do árbitro Sálvio Spínola contra o Santos na Vila e o São Paulo no jogo contra o Corinthians no Morumbi. E hoje?
Mano: Eu vejo arbitragem com um ângulo objetivo: reclamo quando acho que foi ruim, como foi aquela vez em Santos, que pode ter nos custado a vaga na semifinal. Faltou um ponto, e poderia ser aquele da Vila. Mas tivemos outras chances, e não podemos transferir a responsabilidade na íntegra. Não pressiono árbitro antes do jogo. O Sálvio é bom árbitro, está fazendo bons jogos no Brasil e fora do Brasil, e espero que faça uma boa arbitragem neste domingo.
L!NET: Dos últimos quatro gols do São Paulo, três estavam impedidos. É uma sequência que preocupa vocês?
Mano: Aí, sim, a arbitragem precisa ficar atenta. O São Paulo é um time que trabalha muito com a bola parada, e seus jogadores estão usando o expediente de estar adiantado para marcar os gols. Isso não pode acontecer. Você trabalha muito, como a gente trabalha e, num lance assim, se deixa escapar, como foi contra o São Caetano? Falo desse jogo porque fez parte da nossa disputa.
L!NET: Com as derrotas de Sport e Cruzeiro no meio de semana, sua equipe passou a ser a única invicta do país. O que significa tal status?
Mano: Coisa boa. É uma referência para nosso trabalho. Não é o principal para nosso trabalho. Não damos tanta importância porque tem coisas maiores, como a disputa de um título. Felizmente, o Corinthians está fazendo isso paralelamente. A invencibilidade é gratificante por tudo que a gente está fazendo neste momento.
L!NET: Você perdeu as finais da Libertadores-2007 e da Copa do Brasil-2008. Paulistão, a terceira chance?
Mano: O grande sentido das derrotas é aprender para estar mais preparado para as vitórias. As duas equipes, o Corinthians na Copa do Brasil e o Grêmio na Libertadores, não eram apontados, mas chegaram na final. Perdemos, mas levantamos a cabeça. Certamente, aprendemos.
L!NET: Em janeiro, você garantiu que seu time estava preparado para chegar à fase decisiva. Chegou. E agora?
Mano: Agora é aproveitar a oportunidade para brigar pelo título. Tem quatro grandes equipes, com responsabilidades parecidas. Quem chegou vai tentar aproveitar a chance.
L!NET: Andrés Sanchez disse que sonha com as conquistas do Paulista, Copa do Brasil e Brasileiro...
Mano: Pela proximidade, podemos falar em título do Paulista. E, mesmo assim, temos semifinal e a decisão. Falar em Copa do Brasil é cedo. O Brasileiro, então, ainda nem sabemos como será iniciado pelas equipes...
Publicada em 12/4/2009 às 10:19
Mano preparado para força do São Paulo
Técnico fez treinos fechados para surpreender rival e se preocupa com a arbitragem
Gaúcho quer vencer Sampa pela primeira vez no comando do Timão (Foto: Tom Dib)
Gaúcho quer vencer Sampa pela primeira vez no comando do Timão (Foto: Tom Dib)
Rodrigo Vessoni
Rodrigo Vessoni ENVIADO ESPECIAL A ITU-SP
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Mano Menezes é o oposto de Muricy em termos de paciência. Mas é idêntico ao são-paulino quando os assuntos são trabalho e precaução com os detalhes que cercam uma decisão.
Foi isso que o treinador gaúcho demonstrou na semana que antecedeu a primeira partida da semifinal contra o São Paulo. Foram treinos fechados, bloqueios de entrevistas exclusivas dos jogadores, além do pedido para que todos medissem as palavras nas coletivas.
Foi exatamente isso que demonstrou nessa entrevista exclusiva ao LANCENET!, concedida em Itu. Nada passou ileso ao atento comandante do Timão. Nem mesmo os três gols impedidos do adversário desta tarde nos últimos dois jogos. Motivo de preocupação de Mano Menezes. Acompanhe:
L!NET: Na fase de classificação, você colocou um time contra o São Paulo que não deu certo. E você mesmo assumiu. Hoje será diferente?
Mano: Certamente, as questões estarão mais claras e trabalhadas no campo de treinamento, onde se tiram as dúvidas. Foi uma semana boa para isso. Mas tem o jogo e, às vezes, ele desmente. Mas, na maioria, confirma aquilo que você se propôs.
L!NET: A maioria dos jogadores acha que não haverá um placar elástico no primeiro jogo que já decidiria a semifinal. Concorda com eles?
Mano: É muito difícil. Você toma cuidado para não deixar acontecer. O jogador, no seu íntimo, sabe que não é a última chance para arriscar tanto. Ele trabalha com uma segurança maior. É preciso achar o ponto de equilíbrio. Ou seja, mesmo sem expôr tanto, será preciso buscar a vitória, ainda mais nossa equipe, que tem essa pequena desvantagem.
L!NET: Já são 23 jogos invictos no Pacaembu. Qual o peso da Fiel hoje?
Mano: Nosso torcedor, talvez, seja um dos únicos que não espera o time jogar bem para ajudar. Pelo contrário. É comum a gente sofrer um gol e a arquibancada levantar para ajudar porque sente que o apoio se faz necessário no momento. Mas, é lógico, se a equipe ajudar em campo, essa união ficará ainda mais forte, e teremos mais chances de vencer o São Paulo.
L!NET: Ronaldo afirmou que é preciso agredir o São Paulo no Pacaembu...
Mano: Em jogos dessa grandeza, é preciso mostrar para o adversário que você tem condição de vencê-lo. É assim que o Corinthians entra no Pacaembu. A primeira impressão para o adversário é de que, se ele vacilar, se deixar uma brecha, estamos aqui!.
L!NET: No Estadual do ano passado, o Corinthians reclamou do árbitro Sálvio Spínola contra o Santos na Vila e o São Paulo no jogo contra o Corinthians no Morumbi. E hoje?
Mano: Eu vejo arbitragem com um ângulo objetivo: reclamo quando acho que foi ruim, como foi aquela vez em Santos, que pode ter nos custado a vaga na semifinal. Faltou um ponto, e poderia ser aquele da Vila. Mas tivemos outras chances, e não podemos transferir a responsabilidade na íntegra. Não pressiono árbitro antes do jogo. O Sálvio é bom árbitro, está fazendo bons jogos no Brasil e fora do Brasil, e espero que faça uma boa arbitragem neste domingo.
L!NET: Dos últimos quatro gols do São Paulo, três estavam impedidos. É uma sequência que preocupa vocês?
Mano: Aí, sim, a arbitragem precisa ficar atenta. O São Paulo é um time que trabalha muito com a bola parada, e seus jogadores estão usando o expediente de estar adiantado para marcar os gols. Isso não pode acontecer. Você trabalha muito, como a gente trabalha e, num lance assim, se deixa escapar, como foi contra o São Caetano? Falo desse jogo porque fez parte da nossa disputa.
L!NET: Com as derrotas de Sport e Cruzeiro no meio de semana, sua equipe passou a ser a única invicta do país. O que significa tal status?
Mano: Coisa boa. É uma referência para nosso trabalho. Não é o principal para nosso trabalho. Não damos tanta importância porque tem coisas maiores, como a disputa de um título. Felizmente, o Corinthians está fazendo isso paralelamente. A invencibilidade é gratificante por tudo que a gente está fazendo neste momento.
L!NET: Você perdeu as finais da Libertadores-2007 e da Copa do Brasil-2008. Paulistão, a terceira chance?
Mano: O grande sentido das derrotas é aprender para estar mais preparado para as vitórias. As duas equipes, o Corinthians na Copa do Brasil e o Grêmio na Libertadores, não eram apontados, mas chegaram na final. Perdemos, mas levantamos a cabeça. Certamente, aprendemos.
L!NET: Em janeiro, você garantiu que seu time estava preparado para chegar à fase decisiva. Chegou. E agora?
Mano: Agora é aproveitar a oportunidade para brigar pelo título. Tem quatro grandes equipes, com responsabilidades parecidas. Quem chegou vai tentar aproveitar a chance.
L!NET: Andrés Sanchez disse que sonha com as conquistas do Paulista, Copa do Brasil e Brasileiro...
Mano: Pela proximidade, podemos falar em título do Paulista. E, mesmo assim, temos semifinal e a decisão. Falar em Copa do Brasil é cedo. O Brasileiro, então, ainda nem sabemos como será iniciado pelas equipes...
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