Depois de parar Keirrison, a defesa do São Paulo terá mais um desafio no domingo, no Pacaembu: segurar Ronaldo, no primeiro clássico do Fenômeno pelo Corinthians contra o Tricolor. E, nesta partida, o camisa 9 terá a sua maior prova. Primeiro porque o Corinthians não marca mais de um gol neste clássico no mesmo jogo desde a final do Paulistão-2003 (isso mesmo, há seis anos!), quando venceu por 3 a 2 e faturou o título, no dia 22 de março.

A segunda missão de Ronaldo será superar o setor defensivo são-paulino, formado hoje por Rodrigo, André Dias e Miranda. O trio titular está junto desde o Brasileirão passado, quando o Sampa terminou o torneio com a segunda melhor zaga, atrás apenas do Grêmio. Já nas duas edições anteriores (2006 e 2007), o time teve a melhor defesa, assim como em 2004.

– A zaga joga junta há muito tempo. Isso é uma vantagem do nosso time. Pode sair um, entrar outro, ou até mesmo eles ficarem muito tempo sem atuar juntos que, mesmo assim, o time não muda – explicou Muricy.

Ronaldo não deve receber uma marcação individual, já que o treinador desaprova este artifício. Se ele cair pela direita, terá Rodrigo mais perto. Se mudar de lado, Miranda, convocado por Dunga para defender a Seleção na semana passada, será o responsável. No centro, André Dias.

Os três jogadores mais regulares do Tricolor sabem que a boa atuação deles contra Ronaldo e cia pode render a classificação para a decisão do Paulistão. Desde aquela final no Morumbi, em março de 2003, quando na zaga são-paulina estava Jean e Júlio Santos, os dois times já se enfrentaram 16 vezes. O São Paulo ganhou oito, empatou sete e perdeu só uma vez. Foram 24 gols marcados e só 10 a favor do rival. No último jogo, 1 a 1.