O único encontro entre São Paulo e Corinthians não serve para a análise das semifinais. No empate de 1 x 1, em 15 de fevereiro, o São Paulo não usou vários titulares, pois se preparava para a estreia na Copa Libertadores. Sim, o Corinthians escalou o que tinha de melhor (à época). E sim, não conseguiu vencer o time alternativo do rival. Mas aquele não era um jogo decisivo, e um atacante chamado Ronaldo não estava em campo.

Não que Ronaldo seja Clark Kent. Mas sua presença altera tudo. A começar pela maneira como o adversário encara o ataque corintiano.

O São Paulo jogará pela Libertadores, na quinta-feira. Não espere que esse jogo produza um time misto no fim-de-semana. A partida será no Morumbi, portanto não haverá desgaste por viagem. E se Muricy Ramalho deu descanso para alguns jogadores durante a fase de classificação do Estadual, foi porque bastava ser um dos quatro primeiros. Agora, chegou o momento de decidir. Vale lembrar, também, que a situação do clube no grupo 4 da Libertadores é tranquila.

Não haverá motivo para que o São Paulo não vá para a primeira semifinal com o melhor time que puder montar. A segunda partida, no entanto, pode sofrer o impacto da viagem à Colômbia, para o jogo do dia 15 de abril.

O Corinthians chegará bem. Seu planejamento foi feito para que os jogadores atingissem o ponto mais alto de competitividade, na parte final do campeonato. O fato de estar invicto na temporada ajuda psicologicamente, ainda que não tenha vencido rivais tradicionais como Palmeiras e São Paulo. Precisará fazer isso para ser campeão.

Será interessante a reunião na FPF, no fim da manhã desta segunda-feira. Os mandos dos jogos são da Federação, mas ela tentará acomodar os clubes.