Além do futebol abaixo do esperado apresentado pelo time de Fernando Diniz, o que também está irritando o torcedor tricolor nos últimos jogos é o desempenho defensivo da equipe. Ao empatar por 1 a 1 com o Coritiba, neste domingo (04), o time paulista amargou o décimo jogo seguido sendo vazado pelo menos uma vez pelo adversário (foram 18 gols sofridos no período). Eis que surge a questão: o que fazer para solucionar esse problema?

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Uma explicação para esse descuidado na defesa pôde ser visto a partir da decisão de Diniz em optar pelos jovens Diego Costa e Léo Pelé. Ambos ganharam as vagas juntos, após a vexatória queda no Campeonato Paulista diante do Mirassol, e a mudança até funcionou num primeiro momento. Mas as últimas partidas já mostram que talvez seja a hora de novas mudanças no setor.
A torcida pressiona principalmente pela entrada de Bruno Alves. Ele formava dupla titular com Arboleda, mas, diferentemente do equatoriano (um dos alvos dos protestos no CT no último sábado), não está em baixa.
Bruno e Arboleda não atuam juntos desde agosto, no empate por 1 a 1 diante do Bahia. Antes disso, eles haviam formado a dupla de zaga do Tricolor em grande parte da temporada. Nos dados do SofaScore, foram 15 jogos disputados, com sete vitórias, quatro empates e quatro derrotas, com um total de 24 gols feitos e 15 tomados, somando-se a isso uma eliminação no Campeonato Paulista.
Em coletiva após o empate contra o Coxa, Fernando Diniz poupou o setor defensivo de críticas e deu a entender que não deve fazer alterações no setor.
"O sistema defensivo se comportou mal? Hoje (domingo) acho que não, contra o River Plate eu acho que sim, principalmente no primeiro tempo. Mas no jogo de hoje foi uma bola no gol, de falta, contra o Inter também uma só no gol. Quando jogou Bruno e Arboleda a gente tomou três do Bragantino e do Mirassol. Não é só a defesa, o sistema inteiro tem que trabalhar bem", afirmou.
Desde o começo do ano, o Tricolor disputou 30 jogos, entre Campeonato Paulista, Libertadores e Brasileirão. Em todos eles, levou 36 gols. Separando todos eles, foram 13 gols no estadual, quando caiu nas quartas de final para o Mirassol; dez na Libertadores, sendo dois no último jogo contra o River Plate; e o restante (13) no torneio nacional. É uma média de 1,8 gol sofrido por jogo – semelhante à do Bahia, pior defesa do Brasileiro, mas pouco melhor que a do Goiás (dois gols por jogo), lanterna do torneio.
Se antes o problema parece ser entre os zagueiros, as laterais tricolores também estão contestadas pelos torcedores. Reinaldo, que marcou o gol de empate contra o Coritiba, vem sendo alvo por recorrentes falhas e 'falta de marcação' nos gols sofridos pelo SPFC. Do outro lado, o retorno de Juanfran não agrada.
No jogo de ontem, próprio jogador errou feio ao tentar cortar um lançamento, precisou fazer a falta e ainda correu o risco de ser expulso dependendo do rigor da arbitragem. Na sequência, o Coritiba fez o gol em bela cobrança de Robson. Não é um erro aceitável para um atleta com sua trajetória.
Campeão mundial com o São Paulo, Cicinho expôs sua opinião sobre a fragilidade defensiva e criticou as escolhas do técnico Fernando Diniz:
“O Diniz está preso na questão de que a zaga não sofreu. Mas o São Paulo jogou contra o pior ataque do Campeonato Brasileiro e tomou gol. O São Paulo já entra perdendo de 1 a 0 para correr atrás do resultado. O problema não era somente os dois (Arboleda e Bruno Alves)”, analisou.
O que acha, torcedor, Diniz deve promover a entrada da velha dupla Arboleda e Bruno Alves?
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