Em ambas as entrevistas coletivas antes do clássico entre São Paulo e Palmeiras, que será disputado no estádio do Morumbi neste sábado, dia 28 de março, um tema extra campo ficou em pauta: a violência. No último clássico na capital paulista, no qual jogaram Corinthians e Santos, a torcida do Peixe protagonizou cenas de vandalismo com a Polícia Militar, as imagens foram parar no TJD/SP e poderiam até causar problemas para a equipe da Baixada.
Luxemburgo foi enfático ao dizer que todos sabem onde está o foco da violência, mas tanto a imprensa como as pessoas envolvidas no futebol se omitem. “É uma discussão em evidência, não pode se omitir, é sempre importante opinar. Já tenho a minha opinião. A violência está generalizando os torcedores como se todos fossem violentos. Se você pegar o retrospecto dos últimos 20 anos, as brigas saíram de torcidas organizadas, não saíram de outro lugar. Mas a imprensa tem medo de divulgar, porque quebram carro de imprensa e os jornalistas ficam até proibidos de entrar em um clube caso falem mal de torcidas organizadas. Sabemos onde esta o problema, então vai lá e resolve. Não sou contra torcida não, acho que elas deveriam estar no estádio, mas tem que fazer eles terem comportamento diferente do que tem hoje".

Pelos lado do Tricolor, Rogério Ceni também falou da violência, mas ao invés de apontar culpados, o goleiro preferiu simplesmente pedir a paz nos estádios.

“Não é possível que cada um não possa vestir a camisa do seu time e somente tirar sarro um do outro. Não é porque tem camisa diferente que tem que haver violência. Espero que não tenha briga, bomba ou intervenção da polícia. Futebol é entretenimento, tem que torcer apenas, com clima bom, levar a mulher, família, e ficar satisfeito com o clima e com o jogo, tudo tranqüilo”, disse o camisa 1 sãopaulino.