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No Verdão há 29 anos, seu Panza viu Muricy surgir como meia e é fã do técnico

Roupeiro aposta em empate e troca o jogo pelo dominó com os amigos

Ele tem 74 anos de idade e 40 de profissão. José Panzarini é o responsável pelos uniformes dos jogadores do Palmeiras e já deixou tudo organizado para o clássico deste sábado, contra o São Paulo , pelo Paulistão . Seu Panza, como é carinhosamente chamado pelos jogadores e demais funcionários, está há 29 anos no Verdão. Mas é torcedor declarado de alguém que trabalha do outro lado do muro da Academia de Futebol: o técnico Muricy Ramalho. Quando o agora treinador começou a carreira como meia promissor, era o mesmo seu Panza que cuidava do uniforme dele. O roupeiro trabalhou 11 anos no Tricolor e viu o "rebelde" Muricy despontar.



- Quando eu entrei no São Paulo, o Muricy estava subindo para o profissional. Isso foi entre 1970 e 72. Ele era um pouquinho ranheta, mas não exigia muito, era simples. E cresceu demais desde aquela época. Torço pelo sucesso dele sempre, é uma pessoa especial - elogiou seu Panza, declarando-se um grande fã de Muricy.
treinador são-paulino sorriu ao saber que tem um admirador desde os tempos de jogador e admite que não é muito exigente mesmo. Só se preocupa em cultivar amigos, e tem muitos espalhados pelo Brasil, como seu Panza.



- Sempre fui tranquilo mesmo com os funcionários, e no futebol é isso que fica, a gente torce para os amigos. Os roupeiros do Internacional e do Náutico, por exemplo, me ligam até hoje para conversar. Nunca fui exigente, não tinha essa de marca de roupa, de calçados, até hoje sou simples. Estou contente de saber do carinho de alguém depois de tantos anos - agradeceu Muricy, feliz com as palavras do roupeiro palmeirense.



Dominó com os amigos na hora do clássico

Seu Panza dá o palpite para o resultado do duelo deste sábado: acha que vai ser empate por 0 a 0 ou 1 a 1. Mas na hora em que os times estiverem em campo, o roupeiro não quer nem ouvir falar em jogo. Para não ficar muito nervoso, ele joga dominó com os amigos onde mora, no Rio Pequeno, bairro da Zona Oeste da capital paulista.



- Dificilmente eu vejo os jogos, porque fico apreensivo. Prefiro subir no meu pedaço, lá no Rio Pequeno, e encontrar uma turma de velhos amigos para jogar dominó, contar piada... O problema é que sempre passa alguém com um radinho e conta como está o jogo - diverte-se.



Antes de adotar a profissão de roupeiro, seu Panza jogou por pouco tempo no XV de Piracicaba, mas sofreu uma lesão grave e desistiu da carreira. Foi garçom por alguns anos, até decidir mudar para a capital e voltar a trabalhar no futebol. Amaciou as chuteiras de couro de Muricy e de muitos craques. O material dos calçados já é outro, mas o roupeiro do tempo dos uniformes de pano segue firme na missão de cuidar para que os atletas estejam impecáveis em campo.

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