O São Paulo tem ao longo de sua história grandes ídolos que se consagraram no clube pela qualidade com a perna esquerda. Canhoteiro, Gérson, Serginho Chulapa e Pita são bons exemplos disso.

Atualmente quando se pensa em um canhoto no clube, o primeiro nome que vem a cabeça é o do meio campista Jorge Wagner. E não é para menos, afinal de contas o camisa 7 vem sendo destaque do clube nos últimos anos. O meia Hugo, o ala esquerdo Junior Cesar e o volante Richarlyson são outros nomes bastante associados à perna esquerda no Tricolor.

Mas nos últimos jogos a canhota que tem definido as partidas, chamado a atenção e obtido destaque é de outro jogador: do atacante Borges.

A força da perna esquerda do camisa 17 são-paulino tem sido cada mais evidente. Foi assim na vitória por 1 a 0 sobre o Defensor Sporting, na última quarta-feira, em Montevidéu, no terceiro jogo do time na Copa Libertadores da América de 2009.

Borges recebeu de Jean, dominou e de canhota encheu o pé, colocando a bola no canto superior direito do gol uruguaio, sem dar chances ao goleiro Martin Silva.

"Foi um gol importante. Quando o Jean me tocou eu procurei ajeitar a bola e bater forte com a esquerda. Felizmente consegui pegar bem na bola e fazer um bonito gol", diz Borges.

Mas não foi apenas no último jogo que a perna de Borges considerada menos qualificada (se é que podemos falar assim) teve grande participação. Relembrando apenas as partidas mais recentes, Borges deu uma linda assistência para o gol de Washington contra o Marília e ainda marcou o seu na goleada sobre o Mirassol.

O segredo do sucesso é um só: "É treinamento. Procuro sempre fazer um pouco mais com a perna esquerda. Nas atividades de finalização sempre dou ênfase para os chutes com a canhota para aperfeiçoar e ganhar ainda mais confiança", revela Borges, que para quem não se lembra, garantiu o último título brasileiro com um gol de esquerda na vitória por 1 a 0 sobre o Goiás.

Por ter facilidade com a duas pernas, Borges tem conseguido se livrar bem da marcação para finalizar e fazer gols.

"Por ser destro na maioria das vezes os zagueiros marcam apenas minha perna direita, por isso a saída pela esquerda também tem sido uma boa opção", completa o novo canhoto do Tricolor, artilheiro do time nas últimas duas temporadas e autor de seis gols este ano.