A sede da CBF, no Rio de Janeiro, em junho de 2015 Getty Images
O Ministério da Saúde protocolou na última quinta-feira, dia 30, uma resposta à proposta da CBF de retornar as competições de futebol no país, em meio à crise do novo coronavírus. As séries A e B do Campeonato Brasileiro estavam previstas para iniciar neste mês. O órgão federal fez uma série de ressalvas ao guia elaborado por médicos da confederação e também de clubes nacionais, mas mostrou-se favorável.
“Reconhecendo que o futebol é uma atividade esportiva relevante no contexto brasileiro e que sua retomada pode contribuir para as medidas de redução do deslocamento social através da teletransmissão dos jogos para domicílio, este Ministério da Saúde é favorável ao retorno das atividades, desde que atendidas todas as medidas apresentadas neste parecer”, consta no documento encaminhado para a CBF.
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Desde 17 de março, todas as competições no Brasil foram suspensas e iniciou-se a quarentena no esporte.
Entre as ressalvas apontadas pelo Ministério da Saúde, duas chamam à atenção. A primeira refere-se à aplicação de testes rápidos em todos os envolvidos em uma partida. Algo que vai além de jogadores e comissão técnica. Mesmo sem público, uma partida envolve árbitros, seguranças, equipe de manutenção e limpeza, policiais militares e fiscais/dirigentes. Em média, 200 profissionais trabalham no local.
O Ministério da Saúde defende que todos tenham acesso aos testes rápidos de COVID-19, inclusive os familiares dos envolvidos.
“Cabe ressaltar que no momento, a disponibilização de testes rápidos no sistema de saúde encontra-se saturado diante das necessidades da população brasileira”, alerta o órgão especificamente sobre esse tema.
O outro ponto que merece atenção é a jurisdição local de cada um dos participantes dos campeonatos. Os Estados receberam autonomia do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, em 8 de abril, para adotarem medidas de isolamento social coerentes com suas regiões.
“Cabe ressaltar que a autorização acerca do início das atividades de treinamento nas localidades deve ser do Secretário Municipal, pois o Ministério da Saúde não irá contrapor uma decisão do gestor local que é quem está vivendo o problema. Somente com base na Análise de Risco da Secretaria Municipal é possível saber em quem momento cada fase pode ser adotada em cada município”, alerta o Ministério da Saúde.
O documento também sinaliza que é necessário um estudo mais amplo para entender os riscos oferecidos durante a interação dos jogadores em treinamentos, de forma que a realização desses treinos sejam coerentes com os procedimentos de saúde e segurança adotados.
A conclusão do Ministério da Saúde, embora favorável à volta das partidas, fica condicionada assim as esferas estaduais e à provenção de testes aos envolvidos em jogos de futebol. O documento não menciona uma data para os jogos voltarem.
São Paulo, Ressalvas, Ministério, Saúde, Parecer, Favorável, Futebol, SPFC
O Ministério da Saúde protocolou na última quinta-feira, dia 30, uma resposta à proposta da CBF de retornar as competições de futebol no país, em meio à crise do novo coronavírus. As séries A e B do Campeonato Brasileiro estavam previstas para iniciar neste mês. O órgão federal fez uma série de ressalvas ao guia elaborado por médicos da confederação e também de clubes nacionais, mas mostrou-se favorável.
“Reconhecendo que o futebol é uma atividade esportiva relevante no contexto brasileiro e que sua retomada pode contribuir para as medidas de redução do deslocamento social através da teletransmissão dos jogos para domicílio, este Ministério da Saúde é favorável ao retorno das atividades, desde que atendidas todas as medidas apresentadas neste parecer”, consta no documento encaminhado para a CBF.
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Desde 17 de março, todas as competições no Brasil foram suspensas e iniciou-se a quarentena no esporte.
Entre as ressalvas apontadas pelo Ministério da Saúde, duas chamam à atenção. A primeira refere-se à aplicação de testes rápidos em todos os envolvidos em uma partida. Algo que vai além de jogadores e comissão técnica. Mesmo sem público, uma partida envolve árbitros, seguranças, equipe de manutenção e limpeza, policiais militares e fiscais/dirigentes. Em média, 200 profissionais trabalham no local.
O Ministério da Saúde defende que todos tenham acesso aos testes rápidos de COVID-19, inclusive os familiares dos envolvidos.
“Cabe ressaltar que no momento, a disponibilização de testes rápidos no sistema de saúde encontra-se saturado diante das necessidades da população brasileira”, alerta o órgão especificamente sobre esse tema.
O outro ponto que merece atenção é a jurisdição local de cada um dos participantes dos campeonatos. Os Estados receberam autonomia do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, em 8 de abril, para adotarem medidas de isolamento social coerentes com suas regiões.
“Cabe ressaltar que a autorização acerca do início das atividades de treinamento nas localidades deve ser do Secretário Municipal, pois o Ministério da Saúde não irá contrapor uma decisão do gestor local que é quem está vivendo o problema. Somente com base na Análise de Risco da Secretaria Municipal é possível saber em quem momento cada fase pode ser adotada em cada município”, alerta o Ministério da Saúde.
O documento também sinaliza que é necessário um estudo mais amplo para entender os riscos oferecidos durante a interação dos jogadores em treinamentos, de forma que a realização desses treinos sejam coerentes com os procedimentos de saúde e segurança adotados.
A conclusão do Ministério da Saúde, embora favorável à volta das partidas, fica condicionada assim as esferas estaduais e à provenção de testes aos envolvidos em jogos de futebol. O documento não menciona uma data para os jogos voltarem.
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