PRIMEIROS SINAIS DE PROBLEMA - Gonzalo foi multado pela diretoria do São Paulo em janeiro de 2019 por não ter se apresentado para o jogo contra o Mirassol, pela primeira rodada do Paulistão. Na época, o jogador justificou que estava insatisfeito com a falta de espaço no elenco e com as recusas do clube a sondagens de clubes uruguaios e argentinos. O Tricolor o informou que não o liberaria com facilidade após apostar em sua contratação mesmo chegando machucado do Defensor (URU).
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O EXAME - Gonzalo Carneiro foi sorteado para o exame antidoping após a derrota por 1 a 0 para o Palmeiras, no Pacaembu, pelo Paulistão de 2019. Ele foi titular e ficou em campo durante os 90 minutos. O exame apontaria a presença de benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, em seu organismo.
O AUGE - Ainda sem saber do resultado do exame, Carneiro ajudou o São Paulo a eliminar o Palmeiras nos pênaltis e se classificar à final do Paulistão de 2019 ao marcar um gol de cavadinha sobre Fernando Prass. Ele estava começando a ganhar espaço no time.
SUSPENSÃO PREVENTIVA - Carneiro foi titular do São Paulo no jogo de ida da final estadual, o empate sem gols com o Corinthians, em 14 de abril, no Morumbi. Em 21 de abril, data do jogo de volta, o clube informou que ele ficaria fora devido a dores no joelho. Em 22 de abril, veio a confirmação da suspensão preventiva, que já o impedia até de frequentar o CT.
AGENTE FALA EM DEPRESSÃO - Em 23 de abril, o empresário de Carneiro, Pablo Bentacur, disse à rádio uruguaia Sport 890 que o jogador estava em depressão: "Gonzalo ficou oito meses sem jogar no São Paulo (foi contratado enquanto se recuperava de uma lesão no púbis) e isso o afetou, o levou a uma profunda depressão, da qual era muito difícil sair. Lugano me comentou que várias vezes quis ajudar, levando-o a especialistas, mas ele se fechava, não ia".
JOGADOR JÁ PREOCUPAVA O CLUBE - Também no dia 23 de abril, o técnico Cuca disse que o jogador lhe revelou uma dificuldade de adaptação à vida no Brasil e à rotina de um clube grande: "Eu estava sabendo (do doping) na semana passada, antes até do próprio jogador. Conversei com ele, falamos sobre muitas coisas. É um jovem que está em outro país, no primeiro grande clube da vida. Eu senti muita insegurança nele em termos de estar em um grande clube e não estar se sentindo totalmente à vontade. Essa insegurança ele passou para mim, uma pena ter falado com ele tão tarde".
CONTRATO SUSPENSO - Em junho, após o exame de contraprova confirmar o uso de doping e manter a suspensão preventiva, o São Paulo decidiu suspender o contrato de Gonzalo Carneiro, válido até o fim de 2021. Com isso, deixou de pagar salários ao jogador, que voltou ao Uruguai. O clube, porém, seguia acompanhando atentamente o andamento do processo.
SUSPENSÃO CONFIRMADA - Em outubro, o TJD-AD julgou Gonzalo Carneiro e o puniu com dois anos de suspensão. Como a pena passa a contar a partir do dia da coleta, ele estaria livre a partir de 15 de março de 2021.
VOLTA À ATIVA - Após passar um período em tratamento em uma clínica de reabilitação, Gonzalo retomou os treinos no Sindicato de Jogadores do Uruguai. Na foto, aparece usando um uniforme do Tricolor ao lado de outros atletas que não tinham clube para trabalhar.
LIVRE PARA VOLTAR - Com a pena reduzida para um ano, ela terminou de ser cumprida em 15 de março de 2020. O contrato de Gonzalo Carneiro com o São Paulo deve ser reativado, mas seu aproveitamento por Fernando Diniz é incerto. Vai depender de avaliação do treinador e de conversa com ele e seus representantes. Dispensá-lo não é uma opção no momento, já que o Tricolor o vê como um ativo que, na pior das hipóteses, pode ser negociado ou servir como moeda de troca.
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