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Cuca tem noite inspirada e faz São Paulo atropelar a Chape. Sem Pato

Depois de um primeiro tempo fraco, técnico troca Luan e Pato por Toró e Everton no intervalo e vê o Tricolor passar por cima da Chape. Time saltou para quinto

O São Paulo tem, na opinião do autor deste texto, o treinador com maior capacidade de ler um jogo de futebol no Brasil. Não significa que Cuca seja o gênio da lâmpada, acerte sempre e possa resolver qualquer partida com mudanças táticas e/ou substituições de jogadores - só isso não basta, tanto que o time vinha de oito partidas sem vencer -, mas ele quase sempre entende muito bem o que está se passando em campo. No duelo com a Chapecoense, acertou a mão nas substituições, sobretudo as do intervalo, cruciais para a vitória por 4 a 0 que catapultou o clube do Morumbi ao quinto lugar.



O São Paulo do primeiro tempo tinha Luan à frente da zaga, Tchê Tchê e Hernanes começando as jogadas por dentro e Pato se juntando a eles para fazer companhia a Raniel, posicionado como homem de referência. A ideia talvez fosse ter profundidade pelo lado direito, com Antony e Igor Vinícius - lateral de características mais ofensivas que ganhou a vaga de Hudson.

O São Paulo não teve essa profundidade e insistiu muito pelo meio, mas sem a velocidade adequada e sem fluidez na construção das jogadas. As chances até apareceram, quase sempre nos lances de qualidade de Pato. Foi por isso que a saída do camisa 7 logo no intervalo causou certa estranheza nos torcedores.

Mas poucos minutos do segundo tempo bastaram para que todos entendessem o que Cuca pretendia com as suas alterações - Toró no lugar de Pato e Everton na vaga de Luan. Ele queria intensidade, alta voltagem. Pato tem qualidade técnica acima da média, mas o técnico não o vê como um atleta que faça o time girar em alta rotação, como Everton e Toró, por exemplo.

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O Tricolor passou a ter quatro jogadores de ampla movimentação na frente: Everton, Toró, Antony e Raniel. Hernanes e Tchê Tchê deram um passo para trás. E bastaram dez minutos para que a Chapecoense de Ney Franco, que chamou a atenção por suas linhas de marcação bem postadas no primeiro tempo, fosse esmagada no Morumbi.

O primeiro gol, marcado de cabeça por Antony, teve Everton chegando à linha de fundo para cruzar, algo que ninguém havia feito até ali. O segundo, no belo chute colocado de Toró, saiu de um arremesso lateral que Everton cobrou rápido e que o camisa 44 estava atento para receber. No terceiro, de Raniel, o time pressionou a saída de bola com afinco e a recuperou praticamente dentro da área da Chape. Foram dez minutos de tudo o que Cuca busca, e muito graças às mudanças que ele fez no intervalo. E o quarto gol, já no fim, foi de outro que saiu do banco: Vitor Bueno.

Depois disso, parecem bem altas as chances de Pato não começar a partida de sábado, contra o Fluminense, no Rio de Janeiro. Cuca e o atacante têm se esforçado para compreenderem um ao outro. De um lado, Pato aceita fazer coisas que não lhe são muito confortáveis, como jogar de centroavante ou voltar até o campo de defesa para marcar o lateral-direito adversário. De outro, o técnico vem (ou vinha) escalando o atacante quase sempre como titular, confiando no inegável talento dele e tentando moldá-lo ao seu gosto sem deixá-lo de lado. Parece um "problema" a ser resolvido. Se uma eventual ida ao banco não tirar de Pato essa disposição em ajudar, bom para o São Paulo.



São Paulo, Cuca, Vitória, Brasileirão

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