As imagens do incidente no Morumbi, no último domingo, remetem cenas impressionantes da tragédia do Portão 12, considerada a pior do futebol argentino. Sapatos jogados no chão, sangue, desespero, ferimentos...muita tristeza. Para alívio do povo brasileiro, um final diferente daquela tarde de domingo de 23 de junho de 1968.
Após descerem os 80 degraus da escadaria entre a arquibancada e o portão 12 do Monumental de Nuñez, do River Plate, centenas de torcedores do Boca encontram a saída bloqueada. Os primeiros torcedores não puderam voltar nem avisar aqueles que estavam acima. Resultado: 71 mortos por esmagamento e asfixia, além de dezenas de feridos.
Tragédia do Portão 12 completou 40 anos em 2008
A “Tragédia do Portão 12”, como ficou conhecida aquela tarde de domingo, é encarada como o pior momento da história do futebol argentino. O empate sem gols entre os maiores rivais do país ficou em segundo plano. O futebol deu espaço ao sofrimento. Um sentimento que jamais teve um culpado. Apenas uma sanção econômica ao River e dois funcionários demitidos.
Apesar da comoção social, as investigações não foram aprofundadas pelas autoridades em 1968. De acordo com relato dos jornais argentinos da época, certamente, algo que não interessava ao general e ditador Juan Carlos Onganía.
Porém, a versão mais aceita é de que o fechamento do Portão 12 foi uma decisão da própria polícia, como retaliação aos torcedores que, durante a partida, cantavam a marcha peronista para exaltar o populista Juan Domingo Perón, marido de Evita, rival do ditador. Certamente, um crime de estado em pleno governo de Onganía.
A AFA (Associação de Futebol Argentina) também é acusada de encobrir a verdade. A entidade teria oferecido dinheiro a dirigentes da época para que renunciassem de seus cargos, tanto no clube quanto na própria AFA. E, na tentativa de encerrar o assunto, ainda mudou o nome da entrada para portão K.
Em março deste ano, familiares das vítimas colocaram uma placa na parede do Monumental de Nuñez com a intenção de que a tragédia não seja esquecida. Membros do Grupo FAVIFA – Familiares de Vítimas da Violência no Futebol Argentino –, estiveram no local.
A principal reclamação é que aquela tarde de 23 de junho de 1968, na maioria das vezes, é esquecida.
Após descerem os 80 degraus da escadaria entre a arquibancada e o portão 12 do Monumental de Nuñez, do River Plate, centenas de torcedores do Boca encontram a saída bloqueada. Os primeiros torcedores não puderam voltar nem avisar aqueles que estavam acima. Resultado: 71 mortos por esmagamento e asfixia, além de dezenas de feridos.
Tragédia do Portão 12 completou 40 anos em 2008
A “Tragédia do Portão 12”, como ficou conhecida aquela tarde de domingo, é encarada como o pior momento da história do futebol argentino. O empate sem gols entre os maiores rivais do país ficou em segundo plano. O futebol deu espaço ao sofrimento. Um sentimento que jamais teve um culpado. Apenas uma sanção econômica ao River e dois funcionários demitidos.
Apesar da comoção social, as investigações não foram aprofundadas pelas autoridades em 1968. De acordo com relato dos jornais argentinos da época, certamente, algo que não interessava ao general e ditador Juan Carlos Onganía.
Porém, a versão mais aceita é de que o fechamento do Portão 12 foi uma decisão da própria polícia, como retaliação aos torcedores que, durante a partida, cantavam a marcha peronista para exaltar o populista Juan Domingo Perón, marido de Evita, rival do ditador. Certamente, um crime de estado em pleno governo de Onganía.
A AFA (Associação de Futebol Argentina) também é acusada de encobrir a verdade. A entidade teria oferecido dinheiro a dirigentes da época para que renunciassem de seus cargos, tanto no clube quanto na própria AFA. E, na tentativa de encerrar o assunto, ainda mudou o nome da entrada para portão K.
Em março deste ano, familiares das vítimas colocaram uma placa na parede do Monumental de Nuñez com a intenção de que a tragédia não seja esquecida. Membros do Grupo FAVIFA – Familiares de Vítimas da Violência no Futebol Argentino –, estiveram no local.
A principal reclamação é que aquela tarde de 23 de junho de 1968, na maioria das vezes, é esquecida.
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