O São Paulo começou e terminou 2008 por cima. Mas, no meio do caminho, sofreu o baque da eliminação em mais uma Libertadores. O planejamento para a competição continental em 2009 já está forte, com a contratação de reforços de peso, como Washington, que foi o carrasco são-paulino nesta temporada. Mas, por enquanto, o que o torcedor faz é comemorar o inédito tricampeonato brasileiro e também sexto título da história do clube na competição.
O ano de 2009 promete. O Tricolor Paulista contratou seis reforços até o momento - Washington, Junior Cesar, Arouca, Eduardo Costa, Renato Silva e Wagner Diniz - e entra forte para brigar pelo título da Libertadores, ainda inédito na carreira de Muricy Ramalho. O técnico, aliás, é o único tricampeão brasileiro por uma única equipe, mas sofreu para alcançar esta marca. Confira como foi a trajetória são-paulina em 2008.
Adriano chegou ao clube no início do ano, como o grande reforço para a Libertadores. Mas o título não veio e o Imperador voltou para a Itália. Quem brilhou mesmo com a camisa são-paulina foi Hernanes, que tornou-se o destaque no Brasileiro, pensou as jogadas do time e foi eleito o craque da competição, além de o melhor volante. O ano não poderia ter sido melhor para o pai de Ezequiel. O São Paulo tenta segurar o atleta, que no meio da temporada chegou a receber ofertas de Barcelona e CSKA, da Rússia. Mas a multa rescisória do jogador é alta: € 25 milhões (cerca de R$ 83 milhões).
Depois de 90 minutos de correria e nervosismo, o São Paulo comemorou mais um título brasileiro, no dia 7 de dezembro. No Gama, o Goiás recebeu o time paulista, em uma partida cercada por polêmicas antes mesmo de seu início. Na véspera, o presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, havia denunciado à CBF que recebera ingressos para o show da Madonna, endereçados ao árbitro Wagner Tardelli. O juiz foi afastado da partida e, posteriormente, o São Paulo provou que não havia enviado os ingressos para ele, e sim para o vice da Federação. No campo, o Tricolor Paulista venceu por 1 a 0, gol de Borges, e fez a festa com o terceiro brasileiro consecutivo e o sexto na história do clube.
No segundo jogo das semifinais do Paulistão, o Palmeiras recebeu o São Paulo no Palestra Itália. No intervalo da partida, o vestiário tricolor foi tomado por um gás de efeito moral. Os jogadores precisaram voltar ao campo. O Palmeiras venceu por 2 a 0 e ficou com a vaga na final, sendo campeão posteriormente. O visitante reclamou muito e o TJD até abriu uma investigação, mas nunca encontraram o culpado. O Palmeiras perdeu mando de campo no Paulistão deste ano e pagou uma multa de R$ 10 mil, mas por ser o mandante da partida, e não por ser considerado o responsável pelo gás no vestiário.
Uma dupla que chegou cercada de expectativas decepcionou no São Paulo: Carlos Alberto e Fábio Santos. Os dois estavam no futebol europeu e foram contratados pelo São Paulo até o meio do ano para a disputa da Libertadores, principalmente. O primeiro, com problemas de saúde que o impediam de alcançar a forma física ideal, não conseguiu brilhar. O segundo também teve atuação discreta em campo. E, juntos, protagonizaram uma confusão na concentração tricolor, com briga e danos físicos. Carlos Alberto foi dispensado antes do fim do contrato, e deixou o clube magoado. Depois acertou com o Botafogo. Fábio Santos ficou na geladeira e chegou a jogar depois, mas também não saiu do São Paulo com a boa imagem que gostaria.
Jean agarrou com unhas e dentes uma chance como titular contra a Portuguesa, ainda no primeiro turno do Brasileirão. Não saiu mais da equipe. Ao lado de Hernanes, que também foi seu companheiro nas categorias de base do São Paulo, cresceu e deu estabilidade ao time. Ele foi indicado como revelação ao prêmio do Brasileirão, vencido por Keirisson.
Richarlyson, que era o dono da posição, precisou ficar no banco. Só teve uma chance na última rodada, quando Jean estava suspenso. Após receber muitos elogios de Muricy, a revelação do São Paulo deve ser importante também na campanha da Libertadores de 2009.
O torcedor do São Paulo sempre coloca como prioridade a conquista da Libertadores. A última foi vencida pelo clube em 2005. E, este ano, o time fechou com três reforços só para a competição: Adriano, Carlos Alberto e Fábio Santos, cujos contratos iam até o meio do ano. O Imperador até que fez o que se esperava dele: gols. Mas o título não veio. O São Paulo foi eliminado nas quartas-de-final, pelo Fluminense, no Maracanã, com um gol de Washington, no último minuto da partida. O baque foi grande e o time oscilou no início do Brasileirão por conta da derrota. Mas depois cresceu e sagrou-se campeão da competição nacional. Muricy chegou a ser questionado no cargo, até internamente, mas Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, manteve o treinador no comando.
Depoimento
"O São Paulo não teve um ano brilhante. A exemplo do ano anterior, venceu o Brasileiro e jogou muito mal na Libertadores e no Paulista. Claro, o Paulistão não interessa muito. Mas a Libertadores interessava e, mesmo com Adriano, o time não engrenou.
A história se repete há três anos de forma impressionante: o São Paulo começa o ano cheio de esperanças e foca na Libertadores. Perde o Paulistão e todos dizem: 'Nem valia mesmo'. Perde a Libertadores e o time se abate. Alguns reclamam, o Juvenal banca o Muricy no cargo e, em questão de dois meses, o time se ajeita, não sofre gols, perde pouco, joga de forma objetiva e vence.
A história agrada, afinal, um grande título por ano não é qualquer coisa. A torcida e o clube, no entanto, não escondem que o grande objetivo é a Libertadores. Objetivo que passou perto em 2006 e bem longe nos últimos 2 anos.
Hepta ou tetra, um feliz 2009 à nação tricolor!" - Ricardo Ribeiro, jornalista.
Washington, que fez o gol que eliminou o time paulista da Libertadores de 2008, quando jogava no Fluminense, agora é o camisa 9 são-paulino, e aposta para a competição continental em 2009. "Pelo menos ele não vai mais fazer gols na gente, o que já é um grande reforço", brinca Muricy Ramalho.
Depois de ser um dos artilheiros do Brasileiro, ao lado de Kléber Pereira, do Santos, e Keirrison, do Coritiba, com 21 gols, Washington chega ao São Paulo com um objetivo principal: conquistar a Libertadores que escapou com a camisa do Fluminense. O time carioca foi eliminado na final pela LDU, do Equador.
O retrato da felicidade são-paulina não poderia ser outro: os jogadores e o técnico Muricy Ramalho celebraram muito a conquista do tri inédito e também sexto título brasileiro do clube na história. O capitão Ceni ergueu uma taça simbólica ainda no campo do Estádio Bezerrão, mas o troféu verdadeiro chegou às mãos do ídolo na festa do Brasileiro, no dia seguinte à conquista. Muricy, encharcado com o temporal que caiu no Gama, vibrou muito ao fim da partida.
Muricy comemora o tricampeonato inédito no campo do Bezerrão, após 90 minutos de sofrimento
O ano de 2009 promete. O Tricolor Paulista contratou seis reforços até o momento - Washington, Junior Cesar, Arouca, Eduardo Costa, Renato Silva e Wagner Diniz - e entra forte para brigar pelo título da Libertadores, ainda inédito na carreira de Muricy Ramalho. O técnico, aliás, é o único tricampeão brasileiro por uma única equipe, mas sofreu para alcançar esta marca. Confira como foi a trajetória são-paulina em 2008.
Adriano chegou ao clube no início do ano, como o grande reforço para a Libertadores. Mas o título não veio e o Imperador voltou para a Itália. Quem brilhou mesmo com a camisa são-paulina foi Hernanes, que tornou-se o destaque no Brasileiro, pensou as jogadas do time e foi eleito o craque da competição, além de o melhor volante. O ano não poderia ter sido melhor para o pai de Ezequiel. O São Paulo tenta segurar o atleta, que no meio da temporada chegou a receber ofertas de Barcelona e CSKA, da Rússia. Mas a multa rescisória do jogador é alta: € 25 milhões (cerca de R$ 83 milhões).
Depois de 90 minutos de correria e nervosismo, o São Paulo comemorou mais um título brasileiro, no dia 7 de dezembro. No Gama, o Goiás recebeu o time paulista, em uma partida cercada por polêmicas antes mesmo de seu início. Na véspera, o presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, havia denunciado à CBF que recebera ingressos para o show da Madonna, endereçados ao árbitro Wagner Tardelli. O juiz foi afastado da partida e, posteriormente, o São Paulo provou que não havia enviado os ingressos para ele, e sim para o vice da Federação. No campo, o Tricolor Paulista venceu por 1 a 0, gol de Borges, e fez a festa com o terceiro brasileiro consecutivo e o sexto na história do clube.
No segundo jogo das semifinais do Paulistão, o Palmeiras recebeu o São Paulo no Palestra Itália. No intervalo da partida, o vestiário tricolor foi tomado por um gás de efeito moral. Os jogadores precisaram voltar ao campo. O Palmeiras venceu por 2 a 0 e ficou com a vaga na final, sendo campeão posteriormente. O visitante reclamou muito e o TJD até abriu uma investigação, mas nunca encontraram o culpado. O Palmeiras perdeu mando de campo no Paulistão deste ano e pagou uma multa de R$ 10 mil, mas por ser o mandante da partida, e não por ser considerado o responsável pelo gás no vestiário.
Uma dupla que chegou cercada de expectativas decepcionou no São Paulo: Carlos Alberto e Fábio Santos. Os dois estavam no futebol europeu e foram contratados pelo São Paulo até o meio do ano para a disputa da Libertadores, principalmente. O primeiro, com problemas de saúde que o impediam de alcançar a forma física ideal, não conseguiu brilhar. O segundo também teve atuação discreta em campo. E, juntos, protagonizaram uma confusão na concentração tricolor, com briga e danos físicos. Carlos Alberto foi dispensado antes do fim do contrato, e deixou o clube magoado. Depois acertou com o Botafogo. Fábio Santos ficou na geladeira e chegou a jogar depois, mas também não saiu do São Paulo com a boa imagem que gostaria.
Jean agarrou com unhas e dentes uma chance como titular contra a Portuguesa, ainda no primeiro turno do Brasileirão. Não saiu mais da equipe. Ao lado de Hernanes, que também foi seu companheiro nas categorias de base do São Paulo, cresceu e deu estabilidade ao time. Ele foi indicado como revelação ao prêmio do Brasileirão, vencido por Keirisson.
Richarlyson, que era o dono da posição, precisou ficar no banco. Só teve uma chance na última rodada, quando Jean estava suspenso. Após receber muitos elogios de Muricy, a revelação do São Paulo deve ser importante também na campanha da Libertadores de 2009.
O torcedor do São Paulo sempre coloca como prioridade a conquista da Libertadores. A última foi vencida pelo clube em 2005. E, este ano, o time fechou com três reforços só para a competição: Adriano, Carlos Alberto e Fábio Santos, cujos contratos iam até o meio do ano. O Imperador até que fez o que se esperava dele: gols. Mas o título não veio. O São Paulo foi eliminado nas quartas-de-final, pelo Fluminense, no Maracanã, com um gol de Washington, no último minuto da partida. O baque foi grande e o time oscilou no início do Brasileirão por conta da derrota. Mas depois cresceu e sagrou-se campeão da competição nacional. Muricy chegou a ser questionado no cargo, até internamente, mas Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, manteve o treinador no comando.
Depoimento
"O São Paulo não teve um ano brilhante. A exemplo do ano anterior, venceu o Brasileiro e jogou muito mal na Libertadores e no Paulista. Claro, o Paulistão não interessa muito. Mas a Libertadores interessava e, mesmo com Adriano, o time não engrenou.
A história se repete há três anos de forma impressionante: o São Paulo começa o ano cheio de esperanças e foca na Libertadores. Perde o Paulistão e todos dizem: 'Nem valia mesmo'. Perde a Libertadores e o time se abate. Alguns reclamam, o Juvenal banca o Muricy no cargo e, em questão de dois meses, o time se ajeita, não sofre gols, perde pouco, joga de forma objetiva e vence.
A história agrada, afinal, um grande título por ano não é qualquer coisa. A torcida e o clube, no entanto, não escondem que o grande objetivo é a Libertadores. Objetivo que passou perto em 2006 e bem longe nos últimos 2 anos.
Hepta ou tetra, um feliz 2009 à nação tricolor!" - Ricardo Ribeiro, jornalista.
Washington, que fez o gol que eliminou o time paulista da Libertadores de 2008, quando jogava no Fluminense, agora é o camisa 9 são-paulino, e aposta para a competição continental em 2009. "Pelo menos ele não vai mais fazer gols na gente, o que já é um grande reforço", brinca Muricy Ramalho.
Depois de ser um dos artilheiros do Brasileiro, ao lado de Kléber Pereira, do Santos, e Keirrison, do Coritiba, com 21 gols, Washington chega ao São Paulo com um objetivo principal: conquistar a Libertadores que escapou com a camisa do Fluminense. O time carioca foi eliminado na final pela LDU, do Equador.
O retrato da felicidade são-paulina não poderia ser outro: os jogadores e o técnico Muricy Ramalho celebraram muito a conquista do tri inédito e também sexto título brasileiro do clube na história. O capitão Ceni ergueu uma taça simbólica ainda no campo do Estádio Bezerrão, mas o troféu verdadeiro chegou às mãos do ídolo na festa do Brasileiro, no dia seguinte à conquista. Muricy, encharcado com o temporal que caiu no Gama, vibrou muito ao fim da partida.
Muricy comemora o tricampeonato inédito no campo do Bezerrão, após 90 minutos de sofrimento
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