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Juca Kfouri: Chance histórica para o São Paulo

O TRICOLOR JÁ teve, indiretamente, a chance de enterrar o campeonato estadual em São Paulo. Não aproveitou.

Foi em 2004 quando, com dois gols de Grafite, ganhou do Juventus por 2 a 1, em São Caetano, e evitou a queda do Corinthians para a segunda divisão do Paulistinha.

Caísse o alvinegro e o torneio de 2005 sucumbiria, até porque, à época, já havia quem entre os cartolas corintianos defendesse que o clube não deveria fazer nenhum esforço para voltar.

Agora o São Paulo tem nova oportunidade de fazer história.
Rompido com a FPF por motivo justo, pode perfeitamente dar ao Paulistinha a atenção que o campeonato merece: nenhuma.

Porque a competição leva do nada ao lugar nenhum e não acrescenta à sala de troféus nem dele nem do Corinthians, o maior campeão, com 25 títulos, nem do Palmeiras nem do Santos.

É claro que antes, e bote antes nisso, não era assim. Todos os quatro grandes paulistas obtiveram títulos memoráveis na disputa do Estadual, mas isso foi até, no máximo, os anos 80.

De lá para cá, convenhamos, que chatice, quanta aporrinhação!

Tanta que as médias de público não chegam nem a 8.000 pagantes por partida.

Campeonatos estaduais ainda fazem sentido em centros menores, mas não mais no eixo principal de nosso futebol.

Os clubes do eixo Rio-São Paulo têm muito mais a ganhar se disputarem o torneio do mesmo nome, assim como os do Sul e de Minas e, ainda mais, os do Norte-Nordeste, que tinham no campeonato regional uma de suas tábuas de salvação, criminosamente afundada por dona CBF, em incompreensível aliança com a Globo Esporte.

Do mesmo modo que não faz sentido que os clubes brasileiros classificados para a Libertadores fiquem de fora da animadíssima Copa do Brasil, que graça tem ver o Corinthians ganhar do Barueri?

Ou alguém imagina que, se um dia Ronaldo estrear, será na arena que o prefeito populista de lá ergueu?

Ora, o fato é que os grandes clubes do país ficaram muito maiores que seus Estados, assim como os grandes europeus estão ficando maiores que seus países.

Muito melhor fará (sem trocadilhos passadistas...) o São Paulo se tratar de se preparar convenientemente para a Libertadores, pondo seus titulares para jogar em amistosos com adversários mais atraentes e, quem sabe, apenas disputando os clássicos do Paulistinha.

Porque nunca mais o São Paulo será campeão paulista de 1970, depois de 13 anos de jejum.

Nem o Corinthians o de 1977, depois de 22.

Muito menos o Santos de Pelé enfileirará uma série de tricampeonatos ou o Palmeiras impedirá o tetra praiano.
Esse tempo acabou, morreu, só falta enterrar, pfiu.

E, como Nero merece, o São Paulo pode vir a ser o papão incendiário que deu o basta para logo ser seguido pelos demais. Ou São Paulo não é a locomotiva do Brasil?

Clubes como o Grêmio, Inter, Furacão, Coxa, Galo, Cruzeiro, estão loucos para que alguém dê a senha.

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