ampeão brasileiro pelo São Paulo, o zagueiro Rodrigo dá um conselho à diretoria do Flamengo: que os rubro-negros usem o Tricolor como exemplo. Vinculado ao Dinamo de Kiev, da Ucrânia, Rodrigo voltou ao Brasil no início deste ano para defender a equipe carioca. No entanto, quando começava a ganhar chances na equipe titular, em fevereiro, durante o Campeonato Carioca, ele fraturou o braço direito.

Sem poder jogar, o zagueiro ainda teve de conviver com a falta de salários. Ele afirma que durante os cinco meses que ficou na Gávea, não recebeu um centavo.

- O São Paulo mostra que quando se tem competência, as coisas acontecem. O Flamengo nem conseguiu se classificar para a Libertadores. Fico triste pelos amigos que tenho lá. (O Fla) tem de rever essa diretoria. Prometem coisas e não cumprem - lamenta o jogador, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, nesta segunda-feira pela manhã, no CT tricolor.

Para Rodrigo, o acerto com o São Paulo acabou salvando o seu ano. Ele diz que ficou tão irritado com sua situação no Flamengo que até abriu mão dos salários que o clube carioca lhe devia para ir embora.

- Eu não agüentava mais aquela situação. Estava machucado, não podia jogar e ainda não recebia. Nem é tanto pelo dinheiro, mas é pela situação ruim que isso criou. Por isso, entrei em acordo com o Flamengo e saí. Não dava mais - conta.

Hoje, o jogador é muito grato ao São Paulo, que abriu suas portas para a sua recuperação e acreditou que ele poderia voltar a jogar bem - e logo - mesmo após a cirurgia no braço.

- O São Paulo acreditou em mim quando eu garanti que poderia voltar a jogar logo. O (presidente são-paulino) Juvenal Juvêncio perguntou se eu estava pronto para jogar e eu falei que sim. Ele, então, bancou a minha contratação. Hoje, só tenho a agradecer - comemora o zagueiro.

O contrato de Rodrigo com o Tricolor vence no próximo dia 31, mas ele garante que deverá permanecer por pelo menos mais seis meses.

- Conversei com o pessoal do Dinamo e eles já me deram o aval para renovar aqui. Agora, só depende do São Paulo - afirma. O martelo será batido após as férias.