O São Paulo voltou a mostrar um futebol de campeão neste domingo à tarde, pela 36ª rodada do Brasileirão. No Estádio São Januário, o “Caldeirão” vascaíno, o Tricolor não ligou para a pressão extra-campo, bateu o Vasco, por 2 a 1, e ficou a uma vitória de conquistar mais um título da competição.

Invicto há 16 partidas, o time paulista, que conquistou a sexta vitória consecutiva, chegou aos 71 pontos e abriu vantagem de cinco em relação ao vice-líder Grêmio, que foi goleado em Salvador pelo Vitória, por 4 a 1.

Agora, basta uma vitória simples ou dois empates para o Sampa confirmar o tricampeonato consecutivo sem depender dos resultados do Grêmio. Dessa maneira, o título pode sair já no próximo domingo, quando a equipe recebe o Fluminense, no Morumbi.

Se o resultado deixou o Sampa muito próximo do título, serviu, também, para aumentar a agonia do Vasco na luta contra o rebaixamento. Após a segunda derrota consecutiva, o Cruzmaltino carioca estacionou nos 37 pontos, na 18ª colocação. O time carioca tem três pontos a menos que o Náutico, que é o primeiro fora da zona da degola, e precisa vencer o Coritiba, fora de casa, também no próximo domingo.

Em uma grande partida de futebol, com emoção do início ao fim, o Sampa abriu o placar com Jorge Wagner, em um golaço de falta. O Vasco chegou ao empate ainda na primeira etapa, com Madson, em um lance de sorte. A vitória foi garantida no início da etapa final. O gol, mais uma vez, saiu dos pés de Hugo, artilheiro do time junto com Borges, com 14 gols.

Emoção até demais!
Empurrado pela sua torcida, o Vasco começou melhor. Na primeira oportunidade criada, Wagner Diniz pegou sobra dentro da área, bateu, mas o chute tocou em Leandro Amaral e saiu por cima do gol. A resposta do São Paulo foi rápida.

Hernanes arriscou da entrada da área e Rafael espalmou para escanteio. O lance acordou os visitantes, que passaram a ter o domínio do meio-campo e abriram o placar, aos 21 minutos. Jorge Wagner cobrou falta com perfeição e colocou a bola no ângulo esquerdo, sem chances para Rafael.

Em desvantagem, o Vasco partiu em busca do empate. No ataque seguinte ao gol tricolor, Anderson tentou cruzar e jogou contra o próprio gol. O empate só não saiu, pois Rogério Ceni mostrou reflexo e salvou o São Paulo.

A grande chance vascaína veio aos 26 minutos. Leandro Amaral recebeu dentro da área, mas, atrapalhado pela defesa, bateu para fora. Depois de tanto tentar, o time carioca chegou à igualdade em um lance despretensioso.

Aos 30 minuntos, Madson bateu de longe, a bola desviou em Miranda e matou Rogério Ceni. Após o gol, a partida caiu de rendimento e se arrastou até o intervalo. Mas bastou a etapa final começar para as emoções voltarem.

Líder é líder!
Logo aos quatro minutos, Jorge Wagner bateu escanteio da esquerda, Hugo apareceu no segundo poste, dominou e bateu rasteiro para desempatar a partida e recolocar o Sampa na frente do placar: 2 a 1. Hernanes, de falta, aos seis, tentou aumentar a vantagem, de falta, mas Rafael estava bem posicionado e fez a defesa com segurança.

Mais seguro, o São Paulo continuou mandando na partida. Dois minutos depois, Hernanes recebeu pela ponta direita, cortou o zagueiro e bateu forte. A bola desviou na zaga, enganou Rafael e quase morreu dentro do gol, saindo em escanteio.

Aos 10, foi a vez do Vasco reclamar de pênalti cometido por Jorge Wagner no lateral-direito Wagner Diniz. Leonardo Gaciba, no entanto, mandou a partida seguir. Depois disso, a pressão dos donos da casa aumentou. Madson cruzou na área e o zagueiro Eduardo, livre, testou firme no chão, para mais uma defesa difícil de Rogério Ceni, aos 12 minutos.

Mas o Sampa não estava morto. Aos 17 minutos, Borges deitou e rolou pela esquerda e bateu firme. Rafael pulou no canto esquerdo e evitou o gol. No minuto seguinte, foi a vez de Rogério Ceni trabalhar. Leandro Amaral acertou uma bomba de direita e o goleiro são-paulino se esticou todo para espalmar.

As chances não pararam por aí. Hernanes, para o Sampa, e Wagner Diniz, para o Vasco, perderam oportunidades claras de marcar. Mas nenhuma delas superou a de Edmundo, que, de dentro da pequena área, isolou e mandou por cima do gol. Aos gritos de olé e de "É, Campeão", o São Paulo tocou a bola e segurou o resultado até o final, sem ter a vitória ameaçada.