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Marília Ruiz: Muricy versão 2008

Muricy Ramalho mudou.

Não, não perdeu seu (mau) humor crônico. Não, não caiu na lábia da sedutora mídia.

Não, não deixou de ser exigente. Ao contrário. Muitas vezes essas características aparecem exarcebadas nas coletivas de imprensa que parecem ser o pior pesadelo do técnico.

Mas o Muricy bicampeão brasileiro 2006/07 não se elogiava. Não se defendia. Não se “mostrava”.

A versão 2008 mudou.

Fala de si. Fala bem de si. Sem humildade hipócrita. E ainda assim não é arrogante.

Mudou porque parece ter notado que precisava disso para ser valorizado como deve.

Ninguém no Brasil ganhou o mesmo que ele nos últimos anos. De 2001 para cá, foi um título por ano: foram cinco Estaduais e dois Brasileiros.

Méritos que não estão ainda traduzidos no seu salário. Méritos que não combinam com a corneta oficial são-paulina, que ele conhece (e da qual se
defende) tão bem.

A última barreira contra o turrão Muricy caiu.

Ricardo Teixeira, da CBF, antes reticente em relação à técnicos “insubordinados”, disse a mais de um interlocutor que anda encantado com o
“poder” de Muricy.

Seria sensacional, não?

Não???

Não ainda?

Vale a reflexão.

Muricy é treinador e não jardineiro, como gosta de frisar. É aquele que treina, treina e treina. Até cansar. Ou sem cansar. Mas a Seleção não treina. Não tem tempo.

Muricy seria um bom técnico? Ou ainda melhor: gostaria ele de ser “apenas” técnico?

Eu apostaria.

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