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Daniel Perrone: Portuguesa 2×3 São Paulo Superação, garra, amor, fé e… sorte!



Jogaço no Canindé!

Em mais uma partida para cardíacos, com direito a tudo que o belo Campeonato Brasileiro 2008 tem, o MAIOR DO MUNDO sai vencedor no último minuto de jogo e segue firme e forte na liderança, apesar do pênalti escandaloso, claro e indiscutível em cima de Rodrigo no segundo tempo e que não foi assinalado pelo árbitro.

Casa praticamente cheia para o Maior do Mundo e a Portuguesa. Com grande maioria de torcedores tricolores e, segundo o diretor Carlos Augusto Barros e Silva, até com presença de diretores róseos em um dos camarotes lusos, os dois times entraram em campo com objetivos diferentes: O São Paulo para se manter na liderança do campeonato e a Lusa para fugir do rebaixamento do campeonato.

O primeiro tempo foi muito bem disputado e ligeiramente melhor para o tricolor, que teve oportunidades mais claras no setor ofensivo. A Portuguesa começou pressionando muito e testando a defesa tricolor mas, aos oito minutos de jogo valeu a bola parada de Jorge Wagner e, principalmente, o faro matador de Borges que aproveitou a entregada de bola do goleiro lusitano para abrir o placar.

A Lusa pressionou mas, totalmente atrapalhada, não oferecia perigo para o sistema defensivo do Maior do Mundo. Miranda era soberano lá atrás e Zé Luis segurava bem o meio-campo marcador. O problema do São Paulo eram os seus alas. Embora perigoso nas bolas paradas, Jorge Wagner não marcava direito na defesa e Joílson não passava de um esforçado no lado direito. A Lusa aproveitou essa falha crônica do ano e, numa bela jogada (contando com um vacilo de André Dias) empatou num belo gol de Jonas, sem chances para o maior goleiro do planeta.

Mas o GIGANTE não iria para o vestiário desta maneira. Borges (novamente ele) desempata no finalzinho do primeiro tempo com uma bela ajuda de Dagoberto, outro que jogou muito hoje. Fazia tempo que eu não via uma tabelinha de ataque do São Paulo. Fim do primeiro tempo e 2×1 para o tricolor. Bela movimentação e uma boa participação coletiva do time.

Veio o segundo tempo e, com ele, a Portuguesa com um ímpeto maior. O São Paulo estava irreconhecível, principalmente na marcação, afrouxada no início das jogadas adversárias. O empate era uma questão de tempo pois o time não acertava um contra-ataque sequer e era pressionado cada vez mais. Porém, uma jogada crucial poderia ter determinado uma maior tranquilidade ao tricolor SE NÃO FOSSE a arbitragem: Rodrigo foi derrubado na área pelo goleiro e nada foi marcado. PÊNALTI CLAMOROSO, INDISCUTÍVEL, ESCANDALOSO!!! Pela “primeira vez” no futebol e em sua história a Portuguesa foi beneficiada pelo juíz e, logo em cima do São Paulo. Cadê os conspirólogos de plantão?

De tanto martelar, a Portuguesa chegou ao empate anunciado. Jonas (mais uma vez ele) aproveitou uma bobeada coletiva da zaga tricolor e, sozinho dentro da pequena área, toca de cabeça para o fundo das redes. Mais uma vez igualdade no placar. Aos 28 minutos de jogo.

Mas, O GIGANTE não iria sair do Canindé sem a vitória. Não mesmo! Aos 42?, em um escanteio muito bem cobrado por Dagol, Zé Luis (aquele que, depois de uma séria contusão cervical tinha medo de cabeçear) saltou mais alto que qualquer ser humano e fuzilou para o fundo do gol, para delírio inebriante da massa tricolor. A Portuguesa ainda teve chance clara para empatar mas Edno, aquele que sonha com o Maior do Mundo, caprichosamente tocou a bola no travessão da meta de Rogério Ceni. Sorte a nossa, oras!

Não havia tempo para mais nada. Num belíssimo jogo o tricolor mais uma vez correspondeu, apesar de não ter jogado tudo que pode. Foi a vitória da insistência, da superação, da sorte, da garra, do amor e da paixão. Vitória de time que sabe o que quer!

Mais um detalhe negativíssimo para a torcida louca e descarada anti-São Paulo do MULLER no pay per view. O ex-camisa 7 tricolor e um dos maiores ídolos do clube parecia o presidente da LEÕES DA FABULOSA (organizada da Lusa) comentando o jogo. Os gols do São Paulo eram falhas da Portuguesa, os gols da lusa eram ovacionados… Teve a pachorra de não ver pênalti em Rodrigo e ainda disse que o terceiro gol tricolor estava impedido. Ainda bem que voltou atrás após a chamada de atenção do locutor no replay. Muito resignado com o Maior do Mundo!

O São Paulo se reapresenta na terça-feira às dez da manhã focado na próxima partida diante do Figueirense no Morumbi, desta vez sem André Dias, suspenso pelo terceiro amarelo. Em compensação Hugo volta. E ele fez falta hoje. É hora do foco total e irrestrito no campeonato brasileiro. Sem festa, sem acreditar na imprensa, que diz que o time está com “pinta de campeão” (prefiro ser campeão a ter pinta de campeão).

É hora de secar os adversários! Principalmente aquele que gosta de jogar na base do extra-campo (mala branca e etc).

Sem pressa, rumo ao hexa!

Notas dos personagens da partida:

Rogério Ceni Sem culpa nos gols lusos, mas com boa participação, liderança e sorte na partida. O lançamento do segundo gol foi… dele! Nota: 8,0

Joílson Sem condições de ser titular no ano que vem. Participação discreta na ala direita. Nota: 4,0

André Dias Uma pisada de bola no primeiro gol e uma bobeada coletiva no segundo gol luso. Mas no geral foi tranquilo. Nota: 6,0

Miranda Primeiro tempo impecável. No segundo tempo sofreu um pouco, mas não comprometeu. Nota: 7,5

Rodrigo Partida boa, com exceção do segundo gol luso, que foi uma bobeada da defesa. Sofreu um pênalti escandaloso, que não sei porque não foi marcado. Nota: 7,0

Jorge Wagner Mortal nas bolas paradas, deficiente na marcação da ala esquerda. Nota: 6,0

Zé Luis O herói do apagar das luzes. Impecável na frente da zaga e dono de um gol salvador. Nota: DEZ!

Jean Um pouco abaixo do que costuma jogar, talvez por estar um pouco mais a frente na marcação. Nota: 5,5

Hernanes Importante na armação das jogadas. Bons chutes e assistências. Nota: 8,0

Dagoberto Excelente primeiro tempo, sendo fundamental no segundo gol tricolor. Apanhou muito e no segundo tempo cansou. Nota: 8,0

Borges Matador, matador, MATADOR! Nota: DEZ!

Éder Luis Entrou para tentar puxar contra-ataques. Sem muito tempo para jogar. Sem nota.

Richarlyson Entrou para o tricolor ganhar tempo. Sem nota.

Muricy Ramalho Garra, raça e estrela deste técnico que, mesmo com um segundo tempo sofrível, conseguiu o objetivo de vitória. O time tá na mão dele e se acertou no momento certo. Agora é manter o FOCO e a disciplina. Faltam 4 partidas! Nota: 8,0

Arbitragem Errou feíssimo no lance mais importante da partida, a não marcação do PÊNALTI em cima do Rodrigo. Por isso eu a considerei PÉSSIMA! Poderia ter influenciado no resultado final.

Torcida Isso é que é invasão! A torcida do São Paulo não tem medo de jogar no campo adversário e encara qualquer um. Cresceu junto com o time, na hora certa e sorriu no final! Nota MIL!

Leco Fique quietinho, por favor!

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