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O verdadeiro momento do SPFC dentro e fora de campo - Por Layla Reis

Acredito que desde a nova "Era-Aidar" no SPFC, este é o momento mais complicado que o São Paulo passa e até me abdiquei de escrever por um tempo enquanto as informações apareciam. Nosso querido tricolor passa por turbulências notáveis dentro e fora de campo e passei semanas pensando nos variados motivos. Nosso vexame futebolístico parte de uma união de fatores.

O fator político
Entrelinhas de entrevistas, e-mails que vazam, frases pela metade em coletivas, excesso de Notas com a necessidade de demonstração de apoio (por que não feitos pessoalmente em vez de Notas Oficiais?), vestiários vazios, mudanças de diretorias, alterações partidárias, enfim. Todos os tipos de matérias que cobrem os bastidores do SPFC deixam um fiapo solto para a imaginação rolar solta em possíveis debates entre dirigentes.

Muita gente não acompanha esse lado, lê somente as notícias de futebol. Eu entendo, mas se não entender a história não poderá julgar o resultado.

São vias de fato que turbulências extra-campo levam ao mal ambiente que podem resultar em uma má atuação. A presidência e suas diretorias não só precisam, como devem, demonstrar apoio ao principal setor do clube: o futebol. Se um mal-entendido, por exemplo, persiste por dias, semanas e meses nasce uma bola de neve que cresce ao decorrer da temporada.

Athaíde teve de blindar o CT da Barra-funda cerca de um mês atrás. Por que? O que acontecia internamente que não poderia atingir os jogadores? Agora essa proteção vindo pelo vice-presidente de futebol tem sido culpada por acomodar em demasia nossos atletas e isso os teria feito jogar mal. Que explicação mais conveniente.. eu não engoli.

Presidência e diretorias, se unam! Nosso futebol precisa de vocês unidos. A boa relação entre vocês é quase tão importante quanto a presença do torcedor no estádio. Vocês são a base de tudo!

Mas isso não é desculpa para os jogadores apresentarem um lixo de futebol, é?

O fator Muricy & elenco
Se você leu a primeira parte do texto e pensou "Tá, tem um clima tenso político no ar mas o que isso tem a ver com as escalações e substituições absurdas do Muricy ou com nosso elenco dorminhoco?". Okay, concordo, quem quer jogar bem joga e não se esconde atrás de desculpas.

Desde o ano passado existem boatos de rixas no elenco. E sim, isso é verdadeiro quer você ache que é a mídia querendo tumultuar ou não. Enfim, Ganso entrou malhado e não joga de maneira adequada. Luis Fabiano rendeu-se às crises. Pato, sinceramente, sinto que está sendo queimado. Sobre o M1TO prefiro não comentar, cada um tem sua devida opinião porque o símbolo parece intocável aos torcedores mas deixo a pergunta: ele mais ajuda ou atrapalha (dentro e fora de campo)? Entre situações de egos e medalhões o elenco se rivaliza e se divide.

Elenco dividido precisa de pulso firme, precisa de um líder convicto. Muricy perdeu o controle dessa situação. Ataíde deu todos os reforços que foram pedidos e estavam ao alcance financeiro do SPFC e o treinador não sabe mais como usá-los.

Desde a metade de fevereiro reparei que Muricy não ficava mais na beira do campo se esguelando como sempre. Perdendo de 3x0 ou vencendo de 4x0, a posição era a mesma: braços cruzados, cara séria. Pensei que fosse o fator saúde, mas o treinador já teve sua saúde balançada desde a época do Santos e nunca foi assim. No último jogo, o professor voltou a "participar" freneticamente.

Estou querendo dizer que Muricy tem que sair? Não, definitivamente não estou nem perto de dizer isso. Já escrevi dois meses atrás que não há treinadores que poderiam assumir o elenco agora. Não me venham comentar "Luxa e Abel", pelo amor de Deus. Um está em meio de temporada no Flamengo e Abel onde passa deixa suas mágoas.

Muricy tem identidade no SPFC, torce pelo time, ama o clube, tem história. Deve esquecer o momento político, esquecer as rivalidades no elenco e se posicionar como um líder. Modernizar-se taticamente com nossos nomes e tomar a postura do "tudo ou nada" a cada jogo.

Ainda tenho uma desconfiança também pela comissão técnica na parte física do SPFC. Parecem estar sempre cansados. Mas isso fica pra outro texto.

O que o momento pede?
União. De todas as formas e em todos os setores. Entre os jogadores, comissão técnica, dirigentes e presidência. Sem brigas de egos, sem rivalidades, bases salariais ou ganhos financeiros envolvidos. Difícil pedir isso com o futebol moderno rolando solto, mas o clube que tiver uma base unida será o diferenciado.

Ainda dá pra resgatar. Ninguém desaprendeu a jogar bola ou esqueceu o caminho do gol. Muricy não deixou de ser um bom técnico e nem esqueceu como trabalhar. Os dirigentes também não desaprenderam a se relacionar e se apoiar. Aidar, com certeza, não esqueceu o caminho do CT para fazer uma visita e manter o bom ambiente.

Dá tempo de se unir, de chamar a torcida para o estádio e de entender que o momento de futebol do SPFC é decisivo e que vale a temporada, vale o ano de 2015. É preciso resgatar o tradicionalismo tricolor e reverter esse processo de palmeirização que estamos passando.

O SPFC.Net tentará uma campanha junto ao Dpto. de Futebol em prol da união dos jogadores e da volta da raça. Já a parte política é extra-oficial e cabe a nós pedir apenas que haja paz nos bastidores. Não é possível que um time com Ganso, Pato, Souza, Luis Fabiano, Alan Kardec, Toloi, Dória, etc. não dê certo.

Enfim, essa é parte da minha opinião sobre o momento atual. O que vocês acham?

Layla Reis http://www.twitter.com/SPFC_Net

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