Marco Aurélio Cunha deixou o cargo de diretor da seleção brasileira feminina para entrar na disputa pela presidência do São Paulo. Apesar de ainda não ser candidato oficial, o médico fala sobre o processo eleitoral com naturalidade, inclusive de uma possível disputa com Júlio Casares, que representa a situação.
Em entrevista ao comentarista da ESPN Jorge Nicola, MAC descartou envolver ídolos da torcida na disputa, por não considerar um ato "decente" em meio a um processo eleitoral.
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Nos últimos dias, Casares levantou a possibilidade de ter Muricy Ramalho na coordenação de futebol em 2021, citou a vontade de contar também com o ex-meia Kaká e elogiou também o ex-goleiro e atual treinador Rogério Ceni.
"Qualquer candidato que se apoie em atleta, ex-atleta, para sua gestão, não está fazendo certo. Está desvirtuando o processo. Não posso ficar refém de uma indicação do Muricy, do Rogério Ceni, nem de ficar com o Raí ou o Lugano. A gestão é absolutamente isenta de paixões", disse o potencial candidato.
"Eu jamais pediria a Muricy e a Rogério que me apoiassem ou prometeria a qualquer um deles uma posição, porque isso seria uma chantagem. Seria aproveitar da fama que eles têm com o torcedor em benefício próprio. Jamais os convocaria ou os colocaria na pauta por uma questão eleitoral. Isso é absolutamente injusto e para mim não é decente", criticou.
Marco Aurélio Cunha teve três passagens diferentes pelo São Paulo, como médico da gestão nos tempos de "Menudos", na década de 1980, depois superintendente de futebol da equipe que venceu Paulistão, do Mundial e três títulos brasileiros, e por fim como cartola na campanha que evitou o rebaixamento na Série A, em 2016.
Agora, ele deseja ajudar o São Paulo no cargo de presidente. Para isso, porém, vai precisar convencer a oposição de que é o melhor nome para disputar o pleito de dezembro. Outra possibilidade é Roberto Natel.
"Larguei a CBF para me envolver com uma eleição, mas eu não podia deixar de dar essa satisfação ao torcedor do São Paulo. Tenho que devolver esperança ao torcedor do São Paulo. Larguei tudo para pensar no São Paulo, desde que me queiram. Se entenderem que não sou a melhor figura, o São Paulo deixa de ser minha prioridade. Eu tentei, não deu, agora vou pensar mais na minha vida, na minha família. Vou estar sempre presente, mas sem a responsabilidade que estaria disposto a assumir", afirmou.
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