Revista "Veja" faz novas denúncias contra Orlando Silva.Mas o ministro disse que não larga o osso
LANCEPRESS!
Publicada em 22/10/2011 às 19:05
Em Brasília (DF)
Um dia após ter sido mantido no cargo de ministro do Esporte, neste sábado a revista “Veja” voltou a publicar acusações à Orlando Silva. Desta vez, trouxe uma gravação na qual o policial militar João Dias Ferreira – delator do suposto esquema de pagamentos de propina no Segundo Tempo – cobrava de dois funcionários do órgão uma solução para o ofício enviado à Polícia Militar, que o responsabilizava por irregularidades e desvios de dinheiro num contrato de sua entidade com o programa.
As gravações datam de abril de 2008 e mostram dois assessores próximos do ministro – Fábio Hansen, então chefe de gabinete da Secretaria de Esporte Educacional, que cuida do Segundo Tempo, e Charles Rocha, então chefe de gabinete da Secretaria Executiva do Ministério – conversando para livrar João Dias da fiscalização. A negociação surtiu efeito, já que nos dias seguintes dois ofícios foram enviados à PM, o original e o pedido para que a investigação fosse abortada.
Durante a semana passada, o ministro justificou que o denunciante estava tentando levantar uma “cortina de fumaça” por conta de uma cobrança iniciada pelo Ministério, para que sua entidade devolva os mais de R$ 3 milhões obtidos nos contratos de 2005 e 2006. Mas não disse que o pedido ocorreu apenas um ano e meio após à retirada das denúncias sobre Dias.
Outra acusação foi feita pelo pastor evangélico David Castro, que dirige a Igreja Batista Gera Vida, de Brasília, ao jornal “Folha de S.Paulo”. Ele disse que se recusou a pagar a propina de 10% sob um contrato de R$ 1,2 milhão que beneficiaria cinco mil crianças.
Castro afirmou que o projeto foi apresentado ao Ministério no início de 2006, quando o ministro era o atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, que deixou o PCdoB e hoje está no PT.
Em nota, o ME respondeu às acusações. Disse que “o acusador, em nenhum momento, se refere à Orlando Silva” e explicou que o “personagem é cobrado pelo Ministério para devolver recursos desviados na execução de convênio.”