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Espelho de Ganso e ídolo do Fener, Alex critica ‘extinção’ do camisa 10.

Difícil não é aparecerem meias, e sim treinador que os coloquem para jogar’. Na Turquia, brasileiro tem média de quase uma assistência ou gol por jogo


No Fenerbahçe, Alexsandro de Souza é um clichê. Passam as temporadas e o camisa 10 brasileiro cada vez melhora, como um vinho tinto. Nos clássicos, como o da última sexta-feira, contra o Galatasaray, é onde ele sente-se mais à vontade. Não à toa comandou a vitória do Fener por 2 a 1 no estádio do rival com um gol e uma assistência. Mas são os clássicos meio-campistas que o preocupam. Ou melhor, a falta deles.

– O difícil não é aparecerem meias armadores. Difícil é treinador que os coloquem para jogar. No infantil, no juvenil, eles existem, mas muitas vezes os técnicos preferem um jogador mais forte, com mais capacidade de marcação. E, no geral, quem tem essa característica de organizar o jogo tem mais dificuldade na parte defensiva; é menos dinâmico – disse, em entrevista ao site da Fifa.

– Têm treinadores que encontram um jogador assim, criativo, e desenham o time a partir desse cara. Outros acreditam que alguém assim não é tão importante, que existem outras – completou.

Média de 0,93 gol ou assistência por jogo

Alex é um verdadeiro ídolo na Turquia. Ao longo dos sete anos no país, marcou 154 gols e distribuiu 140 assistências ao longo de 316 jogos, o que dá uma média de 0,93 assistência ou gol por partida. Só na atual temporada do Campeonato Turco são 19 gols e 11 passes em 25 jogos. Aos 33 anos, ele é o artilheiro da competição.

– O pessoal me pergunta: “e aí, você perde muito quando passa dos 30?” Eu não perdi, porque nunca tive. Tanto é que sempre fui questionado, a carreira toda, por isso. Com 18 anos, eu já não tinha uma grande velocidade, nem força. Ia perder o quê? – afirmou.

A parte física, tão apreciada e por vezes priorizada nos dias modernos do futebol, no entanto, não chega a ser uma preocupação para o jogador.

– Eu procuro cuidar daquilo que tenho: nunca tive nenhuma lesão grave, treino todo dia... Vejo muito jogador mais novo e que treina menos e joga menos do que eu. Hoje, eu me sinto realmente bem.

Com contrato renovado até junho de 2013, Alex chegará muito perto de completar uma década pelo Fenerbahçe. Mas foi sua classe ainda no Brasil, enquanto jogava por Coritiba, Palmeiras e Cruzeiro, que encantou um dos ícones da nova geração de meias clássicos: Paulo Henrique Ganso.

– Eu ouvi comentários dele e, vindo de alguém que joga a bola que esse menino joga, fiquei envaidecido. Acho que há semelhanças e diferenças entre meu jogo e o dele. O Ganso é até mais clássico do que eu: joga mais atrás do que eu atuei a carreira toda.
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