Não me lembro de uma época em que o São Paulo jogava tão mal em seu estádio.

Em meados dos anos 1990, o clube não estava em seus melhores dias, mas o “jogar mal” valia tanto como visitante, quanto como mandante.

Parece que ninguém mais “tem medo” do São Paulo no Morumbi.

Ou melhor, ninguém mais “respeita” o Tricolor em seu estádio.

E para tentar resolver esse problema, eu apelaria para um velho conhecido, do futebol e até do próprio São Paulo: Émerson Leão!

Confesso que não sou dos mais fãs do ex-goleiro, principalmente por seu comportamento algumas vezes grosseiro e até desrespeitoso com a imprensa.

Mas talvez esse São Paulo de hoje precise de uma chacoalhada para voltar aos trilhos, principalmente dentro do Morumbi.

Quando Leão assumiu o São Paulo em 2004, após a saída de Cuca, o Tricolor era tachado como “amarelão”.

Um time de chegada, mas que sempre acabava perdendo as finais.

Leão mudou apenas uma peça ou outra do time de Cuca. A principal modificação foi na atitude dos jogadores, na postura da equipe.

Formaram-se “os cascudos de Leão”, que ganharam o Paulistão de 2005 com apenas duas derrotas em 19 partidas (para a Portuguesa, no Pacaembu, e para a Ponte Preta, já com a faixa de campeão no peito).

Para a sorte do São Paulo, Leão, que adora arrumar confusão por onde passa, acabou indo “ajudar um amigo no Japão” logo depois do título Paulista.

Como legado, a vontade e atitude daquele novo São Paulo, que ajudaram demais o time a reconquistar a América e o Mundo naquele mesmo ano.