Nação do Maior do Mundo;

Mais do mesmo. Novamente um time sem espírito de vencedor, sem garra e sem tática em campo. E mais uma vez uma derrota no Morumbi, palco das glórias dos últimos três campeonatos consecutivos que deram o hexa ao São Paulo. Com a derrota o time estaciona na tabela e deixa seus concorrentes o ultrapassarem no Brasileirão. Vou ser direto: Com esse time que não ganha em sua própria casa a vaga da Libertadores está correndo sério risco.

Sem Piris (na seleção paraguaia) e o suspenso Carlinhos Paraíba (esse sim, um reforço) o time entrou em campo homenageando Ricardo Gomes, que está se recuperando de um AVC. A homenagem foi justa e bonita mas durante trinta minutos quem parecia estar em coma induzido eram os jogadores do Maior do Mundo. O Fluminense, nosso maior freguês de carterinha, era quem jogava em casa e até merecia estar goleando o São Paulo, tamanha a facilidade encontrada nos primeiros minutos de jogo. Se não fosse um milagre de Rogério e a falta de pontaria dos atacantes cariocas era para estar dois ou três gols para o time das Laranjeiras. Um foi pouco e o Tricolor do Morumbi só acordou no finalzinho, e mesmo assim sem qualidade para empatar.

Veio o intervalo e Adílson tirou Rivaldo, que atuava como centroavante, para colocar um jogador de ofício. O escolhido foi Willian José. O time melhorou um pouquinho (era impossível voltar pior), mas não fez o suficiente para sufocar o adversário. Para piorar, mais um gol tomado de falha defensiva jogou uma ducha de água fria em qualquer pretensão. Aí, com o leite derramado, Adílson resolveu mexer, promovendo a estréia do argentino Cañete. Marlos também entrou no lugar de Dagoberto mas nem mesmo o centésimo terceiro gol de Rogério Ceni, convertido após pênalti bem marcado, esquentou o gélido Morumbi. O São Paulo virou freguês de seu próprio campo neste Brasileirão. Se for assim sou a favor de levarmos os jogos na Arena Barueri. Seria até uma forma inusitada de protestar contra o próprio marasmo que toma conta dos jogadores dentro de nossa sagrada casa. Não adianta nem a desculpa de que jogamos contra um time retrancado. O Fluminense jogou como quis, solto e para frente.

A grande verdade é que mais uma vez o time fez uma péssima partida diante de seu torcedor. Os primeiros minutos foram uma das coisas mais trágicas que vi nos últimos anos. Contra o Ceará foi assim e o time nordestino só não se deu bem porque resolveu só se defender. Contra o Santos também iniciamos mal a partida e só arrancamos um ponto na Vila devido ao comprometimento geral, talvez por estar consciente de ter apenas dez em campo. Consciência que mais uma vez não vimos dentro de casa. E a gente sabe que time que não ganha seus jogos em casa… esquece!

Ainda bem que a próxima partida é fora de casa. Ainda que sem cinco jogadores, eu acho que o São Paulo vai jogar mais que jogou hoje no Morumbi. E se não houver nenhum fator novo além da esperança da chegada fulminante de Luis Fabiano, a toada vai ser essa. Um ganha/perde desgraçado e muito sufoco até o fim do campeonato. Culpa da falta de espírito vencedor desse grupo em geral e da incompetência do técnico, que até agora não disse a que veio. E já teve tempo para mostrar mais que empates e frustrações dentro de casa.

Saudações tricolores!

Rogério Ceni Evitou o pior no primeiro tempo, fez uma boa defesa em uma falta na segunda etapa e cumpriu tabela ao marcar o pênalti. Nota: 8,0

Jean Uma atuação ridícula, que culminou numa expulsão que nos deixará sem lateral direito em Florianópolis. Nota: ZERO

Rhodolfo Muito abaixo do seu normal, principalmente no primeiro tempo. Nota: 4,0

João Filipe Parece piada mas foi o único que jogou com garra e segurança ao mesmo tempo. Até arriscou umas subidas no ataque. O mais comprometido em campo é curiosamente o único que não pertence ao clube. Nota: 6,0

Juan Partida ruim, perdeu na disputa no seu setor. Nota: 3,5

Wellington Abaixo da expectativa. No segundo tempo uma leve melhora mas nada significativo. Nota: 4,0

Casemiro Apático ao extremo, foi outro que jogou bem abaixo do normal. Nota: 3,0

Cícero Não apareceu para o jogo em nenhum momento. Poderia ter sido substituído que não faria nenhuma falta em campo. Nota: 3,0

Lucas Bem marcado, não apareceu em campo. Nota: 4,0

Dagoberto Mesmo com uma partida fraca tecnicamente, pelo menos mostra disposição para tentar jogadas. Faltou mais arremate. Nota: 5,0

Rivaldo Deslocado em todo o primeiro tempo. Foi substituído no intervalo. Nota: 3,5

Willian José Horroroso em campo. Não transmitiu nenhuma esperança que algo mudasse. Nota: 3,0

Cañete e Marlos Entraram com o leite derramado, na maior roubada. Sem nota.

Adílson Batista Tá saindo muito pior que a encomenda. O mínimo que o torcedor fez foi esperasse os primeiros jogos para avaliar a arriscada aposta da diretoria. É só ver o número de vitórias, empates e derrotas desde que chegou ao clube. Se mostrar os números e o resultado até agora é “pegar no pé” do treinador então, SIM, estou pegando no pé dele. De todos os erros que tem, o pior é não transmitir vontade e confiança ao elenco, principalmente nos primeiros minutos de jogo em casa. Não vejo a menor chance dele ganhar um jogo perdido, por isso não é técnico para uma equipe como o São Paulo. Mas, claro não é o único culpado. Nota: 4,0