Hoje de manhã a Sampdoria anunciou a venda de sua principal jóia para o Sevilla. O jovem argentino Correa, que vai jogar pelo seu país na Olimpíada do Rio, vai para o time de andaluzia por 13 milhões de euros. Seu futuro é tão promissor que o time blucerchiato se assegurou em receber mais 5 milhões em futuras vendas do jogador.
A transferência pode inviabilizar a contratação de Paulo Henrique Ganso, que sonha em atuar em alto nível na Europa e vê no Sevilla talvez sua última grande oportunidade.
Para Corrêa, um novo estágio em sua vida profissional. Agora o argentino de apenas 21 anos será comandado por Sampaoli, um treinador com "T" maiúsculo, em um clube com ambições. Como já disse em textos anteriores, se o jogador está motivado para a temporada, não é na Samp que seu futebol será aproveitado.
Com a classe de um verdadeiro camisa 10, Joaquín é quietão, esguio, joga com a cabeça sempre erguida, a bola sempre rente ao pé quando o jogo está truncado e dá uns disparos de dezenas de jardas em contra-ataques que me cansa só de ver. É inexperiente ainda, mas tem uma saída de bola muito boa e organiza jogadas como poucos. Cadenciou uma Sampdoria claudicante que agora está absolutamente órfã de um craque promissor.
Para PH Ganso, sua transferência fica comprometida com a chegada do ex-meiocampista blucherciato. O Sevilla desembolsou 13 milhões de euros em um jovem para a mesma posição do brasileiro. Talvez os 8 milhões que estariam dispostos a investir no jogador são-paulino foram canalizados, no fim das contas, para a contratação de Joaquín Corrêa.
Corrêa e Ganso são craques e podem exercer a mesma função em campo. O Sevilla dá mostras de ter optado pela juventude e possibilidade de lucros futuros com o jovem craque argentino. E fez bem por isso. Ganso pode ter um futebol mais clássico e vistoso, mas Joaquín é mais completo. Bem adaptado ao futebol europeu, o jovem será um dos grandes no continente.