Galvão sugere Leonardo como gestor da Seleção ao lado de novo técnico
A Copa do Mundo chegou ao fim de forma melancólica para a seleção brasileira, que agora tem pela frente um novo dilema: quem assumirá o lugar deixado por Luiz Felipe Scolari? Não há unanimidade, e as especulações não param, inclusive sobre a possibilidade da chegada de um comandante estrangeiro. No “Bem, Amigos!” desta segunda-feira, o narrador e apresentador Galvão Bueno lembrou um nome nacional com experiência na Europa, mas para outro tipo de cargo, na gestão da Seleção: Leonardo (assista ao vídeo).
- O Leonardo tem 22 anos de Europa, foi campeão na França, Itália, foi dirigente na França e na Itália, foi treinador na Itália, tem toda uma experiência, é recebido e respeitado em todos os lugares, fala vários idiomas, e tem uma ambição muito mais de gestão do que de técnico. E aí você tem um técnico para dirigir a seleção principal. Se você tiver um gestor com toda essa cabeça internacional, e um grande técnico brasileiro, porque temos vários, e um técnico trabalhando no projeto olímpico, que poderia ser o Gallo que já está, não poderia funcionar?
Leonardo Paris Saint-Germain PSG (Foto: AFP)
Leonardo foi campeão do mundo com a seleção
em 1994, nos Estados Unidos (Foto: AFP)
Como jogador, Leonardo tem no currículo Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores, Japonês, Copa da França, Liga dos Campeões, Italiano, Copa do Mundo, Copa América, Copa das Confederações, entre outros. Como treinador, numa curta trajetória, venceu com a Inter de Milão a Copa da Itália.
O ex-jogador e comentarista Júnior acredita que uma parceria poderia funcionar, e citou nomes de ex-jogadores que poderiam auxiliar o trabalho do treinador. Ele ainda aprovou a vinda de um estrangeiro, mas que tivesse uma nova filosofia a implantar no futebol brasileiro.
- Acho que pode funcionar. Um sozinho não. O Zico está dando sopa, treinador por ai já, o Raí e Leonardo dando sopa, três ex-jogadores. Em compensação você tem gente como Abel, Tite e Muricy que poderiam tranquilamente (treinar a Seleção) pelo currículo e pelo que fizeram. O aproveitamento dessas figuras que falei, juntamente com qualquer técnico, até mesmo com treinador estrangeiro... Você tem que quebrar às vezes alguma coisa para crescer, alguém que venha trazer algo novo. Para (o treinador estrangeiro) ser igual é melhor que fiquemos um dos nossos - explicou. “Por isso que pensei nessa cabeça diferente de fora ser do gestor, e não do técnico”, disse Galvão.
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A Seleção volta a campo para amistosos em setembro, nos Estados Unidos. No dia 5, enfrenta a Colômbia, em Miami. Quatro dias depois, o adversário será o Equador, em Nova Jersey. Ainda nesse ano, nos dias 11 de outubro e 12 de novembro, o Brasil joga mais dois amistosos, primeiro contra a Argentina, em Pequim, no Superclássico das Américas. No mês seguinte enfrenta a Turquia, em Istambul. Já em 2015 é ano de Copa América e Eliminatórias para o Mundial de 2018. A possibilidade de um interino para este ano foi rechaçada por todos no programa, como Belletti.
- A seleção brasileira tem que ser tratada com excelência, não simplesmente durante um período de tempo ver o que vai fazer. Acho que é o ponto máximo do nosso futebol e tem que ser tratado como tal, o melhor tem que estar lá - concluiu.