entrevista de daniel perone com kalil

entrevista de daniel perone com kalil

lucasliber

CARA A CARA COM KALIL ROCHA ABDALLA:

Sr. Kalil; o senhor participou praticamente de todo o período de gestão de Juvenal Juvêncio como Diretor Jurídico e, mesmo não votando por motivo de viagem, esteve próximo do processo do terceiro mandato. Pelo que se falou na época isso era um consenso entre os homens fortes do clube, para que o atual presidente conduzisse os assuntos referentes ao estádio e a Copa do Mundo. Hoje você se arrepende desta le momento a permanência era a melhor saída para o clube?

KALIL: O Juvenal Juvêncio fez um trabalho muito bom em seus dois primeiros mandatos como Presidente do Clube. Neste último mandato, ele se perdeu. Tornou-se de uns tempos a esta parte muito centralizador, indispondo-se com muitos de seus colaboradores, levando o Clube a sofrer grandes e graves prejuízos como, por exemplo, a perda de ser o palco principal da Copa do Mundo na cidade de São Paulo. Juvenal sem sombra de dúvida merece ter um busto na entrada do Itaquerão.

“O São Paulo ficou parado no tempo” A afirmação de Rogério Ceni veio como um terremoto no meio desta última temporada. Tanto o senhor como o seu concorrente prometem modernizar os processos gerenciais do clube. Por que isso não foi realizado anteriormente e qual seria o diferencial de modernidade proposto em sua gestão??

KALIL: Minha gestão será pautada, principalmente, pela descentralização e transparência, coisa que já ocorreu, mas não ocorre há muito anos nos lados do Morumbi. Pretendo, pois, implantar uma verdadeira renovação nos métodos de trabalho, como, aliás, implantei na administração da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Todos os diretores terão autonomia em seus respectivos departamentos. Todavia, como o sistema é presidencialista, sempre darei a última palavra nas decisões relevantes. Convindo ainda salientar que os são-paulinos anseiam por transparência, o que inexiste de há muito.

O torcedor está verdadeiramente interessado em saber como ficará o futebol do clube, que tem como essência o esporte em seu DNA. Quem será o vice de futebol e o diretor de futebol de sua gestão? Paulo Amaral, conhecido desafeto de Rogério Ceni, fará parte do comando em sua gestão???

KALIL: Não tenho compromisso com ninguém e não estou leiloando cargos para obter apoio deste ou daquele grupo. Somente no momento oportuno escolherei meus diretores, utilizando a meritocracia.

Muricy disse que não aceitará “jogador mais ou menos” no próximo ano. Você concorda?

KALIL: Convém esclarecer que no próximo ano significa 2014 e quem irá escolher novos jogadores será o Diretor de Futebol junto com a comissão técnica, ou seja, junto com o próprio Muricy.

Diz a “lenda” que um presidente de clube de futebol precisa ter duas coisas: Ser bem de vida e ter tempo de sobra. “Bem de vida” porque o cargo em clube não é remunerado e “tempo de sobra” porque a pessoa deve dedicar-se quase que 24 horas para a função. Você concorda com isso? Você se programou para dividir seus atuais afazeres com o que consideramos a maior responsabilidade do planeta Terra?

KALIL: O que eu posso garantir é que estou de bem com a vida e tenho disposição para trabalhar até 48 horas por dia. Porém, não há a menor necessidade de permanecer o dia todo no clube. O bom administrador tem de saber escolher os seus auxiliares diretos, delegar poderes e cobrar deles no momento certo. Hoje, sou Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que neste ano de 2014 terá um orçamento de R$ 1,5 bilhão. O complexo administra 39 unidades, atendendo cerca de 3,5 milhões de pessoas por ano. Além disso, compareço diariamente em meu escritório de advocacia, instalado há 50 anos na Rua Senador Feijó, em São Paulo.

O torcedor do São Paulo sabe que, por melhor que sejam as propostas dos candidatos, a eleição será decidida no Conselho Deliberativo no clube. Se o senhor for eleito, haverá esforço para que os sócios do clube votem diretamente para presidente nas próximas gestões???

KALIL: O sócio votar diretamente para Presidente é um problema que todos os clubes enfrentam. Em todas as agremiações um número razoável de sócios é torcedor de outro time, são moradores do bairro, o que dificulta a permissão para os associados votarem diretamente no presidente. Imagine se um grupo de palmeirenses associados se une e elege o presidente do São Paulo. Mas os reclamos pela eleição direta são muitos, o que me leva a afirmar que um dia ela acabará por vir.

Na sua gestão, haverá a possibilidade de eleições em dezembro?

KALIL: Sim. Sem dúvida. Quem for eleito agora em abril, terá seu mandato findo em abril de 2017. Se eu for eleito, tentarei fazer uma reforma estatutária, para terminar meu mandato em dezembro de 2016, permitindo que o novo presidente aprove seu orçamento para o ano subsequente, encontrando em aberto as janelas de transferência dos países de fora.

Um dos pedidos da torcida em geral é que o São Paulo valorize mais os jogadores que ajudaram a glorificar sua história. O torcedor sente falta de coisas simples como estátuas e bustos de seus ídolos, como Telê Santana, Raí e até Rogério Ceni. O senhor vai trabalhar para que tais homenagens existam no estádio do Morumbi e nos CTs? ??

KALIL: Nossos ex-jogadores têm de ser tratados como heróis, pois foram os responsáveis pelas conquistas do Clube e devem ser reverenciados como nossos ídolos, homenageados, inclusive com trânsito livre em nosso estádio e nos jogos do São Paulo, onde quer que seja.

Funcionários vitoriosos como Turíbio, Carlinhos Neves e Rosan fazem falta ao clube, na visão do torcedor. Principalmente Carlinhos Neves, que provou que poderia conviver muito bem entre clube e seleção, sendo campeão da Libertadores junto com o Galo. Há alguma chance de repatriá-los???

KALIL: Vou conversar com todos eles. Até hoje não sei o motivo do desligamento deles. São pessoas competentes, dedicadas, que fizeram muito pelo futebol.

A maioria dos ex-jogadores que eu conheço sentem falta dos churrascos de confraternização que existiam em gestões passadas. Você pretende voltar com essa ação?

KALIL: Vou reativar aquele churrasco de confraternização de ex-jogadores. Não sei por que acabaram. Era uma festa bonita e eu vou torná-la mais bonita ainda.

Qual a mensagem que o senhor deseja passar para o torcedor do São Paulo neste momento?

KALIL: Eu quero passar aos sócios, aos torcedores aos conselheiros uma mensagem de tranquilidade e de esperança em relação ao futuro do São Paulo. Nosso tricolor voltará a ser um time diferente, nem melhor, nem pior do que os outros. Voltará a disputar campeonatos, voltará a ser campeão. Eleito Presidente, um novo clube renascerá. Tudo o que for possível ser feito em benefício do São Paulo eu vou realizar. Tenho experiência em gestão. Há quase seis anos sou Provedor da Santa Casa de São Paulo, instituição multissecular, com um orçamento de R$ 1,5 bilhão. Amo o São Paulo e para mim será uma honra presidi-lo. Tenho a melhor proposta e vou montar uma equipe de pessoas experientes ao lado de jovens com ideias inovadoras. Preciso da ajuda dos sócios e torcedores nessa empreitada. Assim, quero pedir a colaboração de todos os sócios para que possamos eleger nossos novos conselheiros.

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