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Qual é o “DNA” de um Craque?

Temos discutido bastante (sempre em bom tom, é claro) sobre a difícil arte de se denominar/reconhecer no futebol, um Craque…

Nesse sentido, acompanhando futebol nos últimos 40 anos, imaginei que pudéssemos criar uma fórmula que definisse o “DNA do Craque”.

Possível?

Vamos ver…

Penso que vi alguns vestirem nossa Gloriosa Camisa……Gerson, Pedro Rocha, Valdir Peres, Oscar, Careca, Dario Pereyra, Raí, Serginho, Zé Carlos……….o que? Zé Carlos?

Antes que me joguem pedras, explico. Se o critério for apenas ter jogado uma Copa do Mundo (veja bem, não estou dizendo apenas jogar pela Seleção), quem não se lembra do nosso lateral direito titular na partida contra a Holanda na Copa de 98?

Isso mesmo, Zé “imita tudo que é bicho” Carlos! Lembram?

Pois então, já que vimos que ter jogado uma Copa não é critério suficiente, vamos incrementar a fórmula.

Penso que no “DNA do Craque” deva ter conquistas como um ingrediente imprescindível…..porém com a camisa tricolor apenas ou por outros times que tenha passado também?

Outra polêmica do tema…

Vejam o caso do Gerson: alguém duvida que foi craque?

Creio que não….

Porém pelo nosso amado São Paulo ele ganhou “apenas” o……bi-campeonato Paulista (70/71)…….fora disso foi Campeão Mundial em 1970 e tem uma outra série de títulos por outros Clubes do RJ.

O mesmo podemos dizer de Kaká: seria uma heresia não considerá-lo um craque pelo simples fato de ter conquistado apenas um Rio-São Paulo pelo Tricolor?

E Pedro Rocha que teve apenas títulos Paulistas com a 10 às costas?

Porém foi considerado por Pelé um dos três maiores jogadores do Mundo na Copa de 70!

Pois bem…..falamos da necessidade de ter disputado uma Copa do Mundo, de ter em seu currículo a conquista de títulos e agora vem um fator que entendo fundamental: a capacidade de reagir diante da adversidade, de mudar um jogo “perdido”, de buscar a bola dentro da sua própria rede mostrando a todos que somente a vontade e a determinação “movem montanhas”!!

Enxergaram de quem falo?

Claro que falo de Raí!

Todo e qualquer detalhe se torna desnecessário diante do filminho que deve estar passando na cabeça de cada um ao se lembrar das inúmeras situações que nosso grande camisa 10 nos presenteou.

E de Ceni, o Mito? Aquela partida contra o Liverpool fala mais que tudo..

E de Valdir Peres, o goleiro dos títulos Paulista/75 e da “final impossível de ser ganha” do Brasileiro/77?

Ah! Ele disputou como titular a Copa de 1982, que segundo dizem, foi uma das melhores seleções da nossa História (assino embaixo).

E Careca, com aquele gol “quase espírita” contra o Bugre na final de 86?

E Cafú, que ganhou tudo pelo Tricolor e pelo mundo, sem ser um primor de tecnica?

Hoje, até por necessidade da mídia e mesmo da carência que temos de “heróis”, transformamos qualquer esforçado autor de um gol bonito em craque, dispensando automaticamente a analise de todos os fatores que justificassem tamanha denominação.

Por isso que cada vez mais acredito que craques cabem em número dos dedos de uma das mãos.

E pensar que nem falamos de Friedenreich, Leônidas, Sastre, Bauer, Poy……

Fica pra outra História…

Abraços e Avante “Tú és forte, Tú és grande” Tricolor!


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