'O SPFC nunca faliu'!!! Vale a pena conferir!!

'O SPFC nunca faliu'!!! Vale a pena conferir!!

williamec

Vale a pena conferir o ''blog do Navarro'', que sempre tem algum assunto interessante, e uma vez por semana, irá contar a história do SOBERANO, inclusive desmentindo o que os cúrintianos e paumerenses insistem em dizer: o SPFC já faliu!!!
Segue abaixo uma prévia do texto.

partir de hoje o Blog do Navarro lançará uma série de textos semanais a respeito de mitos da história são-paulina, constituídos por boatos repetidos tantas vezes que acabaram ganhando o status de ‘verdade’, fazendo valer a máxima goebbeliana.

Assim, para informar o público de forma didática e objetiva, apresentarei alguns textos contendo fatos e documentos históricos a respeito da improcedência desses mitos, alimentados, em parte, por mera ignorância e em parte por inveja do sucesso tricolor (que nasceu bem depois dos demais clubes brasileiro e se tornou o mais vitorioso). Afinal de contas, as pessoas tem todo o direito de não gostar do clube, mas nem por isso podem distorcer a realidade por conta desse sentimento.

O primeiro Derrubando mitos sobre a história são-paulina diz respeito à suposta falência do São Paulo FC, conhecido informalmente como São Paulo da Floresta. Reza a lenda que o clube faliu em 1935 por conta de dívidas ocasionadas pela aquisição do Palácio Trocadero, e acabou sendo refundado no mesmo ano.

Vamos aos fatos.

1. O que é falência?

Antes de dizer se o São Paulo faliu ou não é preciso saber o que é falência. Apesar da utilização informal do termo, trata-se de um instituto de natureza jurídica, e que consiste no estado de “insolvência do devedor que tem seu patrimônio submetido a um processo de execução coletiva”, nos dizeres de Amaury Campinho[1].

Observe-se que, para se falar em falência, é preciso haver dois elementos: insolvência e um processo de execução coletiva.

Insolvência é quando o patrimônio do devedor é inferior às suas dividas, ou, nas palavras de Fábio Ulhoa Coelho: “é a insuficiência de bens no ativo para atender à satisfação do passivo”[2].

E processo de execução coletiva é quando os credores do devedor se reúnem para cobrar os valores que lhe são devidos.

2. Como o São Paulo foi extinto em 1935?

O livro História do Futebol no Brasil, do jornalista Thomaz Mazzoni [3] traz importantes informações sobre o que realmente aconteceu.

Na verdade houve uma disputa política dentro do clube: uns defendiam que o São Paulo deveria se fundir com o C.R. Tietê, acabando com o futebol no clube e outros rechaçavam veementemente essa proposta
Aqueles que queriam a fusão estavam descontentes com a situação financeira do clube por conta da aquisição do Palácio Trocadero e dos gastos com a manutenção do futebol, que não rendia muito na época:

“O São Paulo F.C não marchava bem economicamente, devido aos enormes gastos feitos com a montagem da sede, no Trocadero. Os responsáveis por esse fracasso culparam, já se sabe, o futebol…

O clube passou a ter 190 contos de dívida, e como as partidas pouco rendiam na situação anormal em que estava o “association” (futebol de modo em geral), mais alarmou os dirigentes do São Paulo F.C., na verdade muitos deles milionários…

Aqueles 190 contos de divida, e, francamente, apesar da crise de então, não deveriam abalar o São Paulo F.C., possuidor de uma Floresta e de um quadro de jogadores cujo ”passe” valia muito dinheiro.”

Contudo, note-se que a dívida não era tão grande em comparação com o patrimônio do clube bem como a condição econômica do dirigentes são-paulinos, muitos deles milionários (um deles, Cássio Vilaça, se propôs até a pagar a dívida para evitar a fusão, mas sua idéia não teve êxito).

Logo, não se verifica uma condição de insolvência a justificar uma eventual falência. Mas vamos retomar o rumo da história.

A diretoria tricolor levou adiante a fusão com o Tietê, contrariando a vontade de boa parte dos associados, que acabaram se insurgindo e contestaram o ato perante o Judiciário, pois queriam ter o direito de decidir o destino do clube.

Eles acabaram vencendo a disputa, e a fusão só poderia acontecer com a anuência dos sócios. O problema, contudo, é que o estatuto do clube afirmava que apenas os sócios fundadores poderiam votar na Assembléia Geral. Assim, em meio à uma grande e intensa disputa política, foi aprovada a fusão do clube e o São Paulo Futebol Clube deixou de existir.

3. Resumo da Ópera

Jamais houve falência. Primeiro porque a situação econômica do clube, apesar de incômoda, não caracterizava insolvência, algo comum até mesmo nos dias atuais. Só para se ter uma noção, em 1933, o departamento de futebol gerou uma receita de 381 contos de réis, duas vezes o valor da dívida, que era de 190 contos de réis.

É um quadro semelhante ao do futebol brasileiro atual, onde o Corinthians, por exemplo, clube que mais arrecadou em 2010, teve um faturamento de R$ 212.633.000 , com dívidas (perfeitamente ‘administráveis’) no valor de R$ 122.066.000, quase 60% do faturamento do clube.

Além disso, jamais houve cobrança judicial dos credores do clube, fator essencial para a configuração do quadro de falência.

Portanto, tem-se que houve de fato um problema econômico, mas que não era suficiente para ocasionar a falência do clube.

E diante das divergências políticas dentro do clube, que acabou ocorrendo a extinção do clube mediante fusão e não por falência.

Mas ainda se poderia alegar que o clube se uniu ao Tietê justamente para evitar a falência. Contudo, conforme demonstrado, o clube não estava em um estado de insolvência, não havendo sequer o risco de falir.

[1]Ruben Ramalho, Curso Teórico e Prático de Falências e Concordatas, Ed. Saraiva, 1993, pág. 4.

[2]COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial, pg. 216.

[3] Retirado do SPFCpedia

Imagem do Palácio Trocadero: SPFCpedia



fonte: http://blogdonavarro.com/



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