Criticado por torcedores e alguns conselheiros, treinador, que tem contrato até o final do ano, pode até deixar o clube se a equipe não passar pelo Avaí.

A derrota para o Santos e a consequente saída do Campeonato Paulista acabaram com a paciência da torcida do São Paulo com o técnico Paulo César Carpegiani. Chamado de burro e de "professor Pardal", porque segundo os torcedores ele inventa demais nas escalações, o treinador chega aos duelos contra o Avaí respaldado pela diretoria. Mas, uma inesperada eliminação no torneio que é o caminho mais curto para a Taça Libertadores da América de 2012 poderá ser fatal para a sua continuidade dentro da equipe do Morumbi.

Carpegiani já prepara o time para a partida de quarta, contra o Avaí (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
As críticas sobre Carpegiani foram tamanhas que o assunto foi um dos mais comentados no Twitter após o jogo contra o Santos. No saguão do estádio do Morumbi, após o término da partida, alguns conselheiros mais exaltados chegaram até a pedir a saída do treinador, alegando que ele substitui muito mal o time. A saída de Casemiro, que estava anulando o santista Paulo Henrique Ganso no primeiro tempo, e a demora em colocar Rivaldo estão entre os motivos das críticas.
Na última segunda-feira, o diretor de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, disse que está satisfeito com o trabalho de Carpegiani e que não vê motivo para mudança do cargo até o final da temporada. Em dezembro, o contrato do treinador acabará e aí as duas partes decidirão sobre um novo vínculo ou pela saída amigável, como aconteceu com Ricardo Gomes, que deixou o clube após a Libertadores do ano passado.
- Estamos muito satisfeitos com o nosso treinador, que deu o azar de perder jogadores importantes no momento decisivo. Ainda temos três competições pela frente, certamente estaremos nas finais de todos e, com um pouco de sorte, poderemos ficar com os títulos – ressaltou o dirigente.
No último sábado, Carpegiani já ficou irritado quando foi informado do protesto dos torcedores. Questionado se poderia deixar o clube em caso de derrota e eliminação para o Avaí, o treinador partiu para o ataque.
- Eu me vejo um inútil para responder essa pergunta. Talvez eu devesse parar de vir aqui (conceder entrevista coletiva) e explicar o resultado. Acho que seria melhor ter um dirigente no meu lugar respondendo isso – afirmou.