O meia Xavi Hernández, do Barcelona, declarou que gostaria de ver um Real Madrid mais ofensivo nesta terça-feira do que na primeira partida da semifinal, vencida pelo Barça por 2 a 0. “Gostaria de encontrar amanhã [nesta terça-feira] um rival que jogue no mano a mano”, declarou Xavi, que classificou a estratégia da equipe merengue no primeiro duelo como “ultradefensiva” e calcada “apenas em contra-ataques”.

O jogo será nesta terça, às 15h45, horário de Brasília, e terá acompanhamento em tempo real pelo Placar UOL.

O camisa 6 catalão sustenta que o Real só terá chances de ir à final se mudar sua postura em campo no duelo no Camp Nou. “Terão que ser um pouco mais ambiciosos e buscar um pouco mais o jogo”, defendeu Xavi, complementando que assim quem ganha é o torcedor.

“O futebol que todos queremos é um futebol atrativo, o torcedor quer ver ocasiões de gol, não um gramado alto e seco que impede o bom futebol” apontou, referindo-se ao gramado do Santiago Bernabeú, mantido alto a pedido do treinador José Mourinho. “É lamentável que em 2011 ainda não tenhamos uma norma para o estado do gramado, que é o mais importante no futebol".

Xavi aponta que o caminho para a classificação do Barça passa pela manutenção da estratégia ofensiva da equipe: “Devemos ser fiéis a nossa filosofia, dominar a posse de bola e deixar de lado brigas e o juiz. Apenas jogar”. O meia classificou como “patéticas e lamentáveis” as denúncias feitas pelo Real Madrid contra oito jogadores do rival, acusados de conduta antidesportiva.

“Tentamos fazer com que se fale de futebol, tenho impressão de que estamos falando pouco e isso me entristece”, declarou o meio-campista, que evitou polêmicas com treinador rival: “Não devemos entrar em uma guerra verbal com Mourinho, nós tratamos de competir em campo”.

Sobre a possibilidade das tensões e atritos entre jogadores de Barcelona e Real poderem afetar o ambiente na seleção espanhola, Xavi disse “não pensar nisso”, assegurando que não haverá problemas quando os agora adversários voltarem a se encontrar para defender a “Fúria”. “Somos muito profissionais e sabemos nos adaptar, vencemos a Eurocopa e a Copa do Mundo com um ambiente fantástico”, afirmou.

O jogador está a uma partida da decisão em Wembley, para onde não pôde viajar para acompanhar, como torcedor, a decisão da Liga dos Campeões de 1992. O Barcelona foi campeão vencendo a Sampdoria na decisão pelo placar mínimo, mas os pais de Xavi não deixaram que ele, então com doze anos, viajasse para a capital inglesa. “Só meus irmãos puderam ir, eu tive que assistir pela televisão. Seria muito bonito poder voltar ao palco onde o Barcelona ganhou sua primeira taça, ainda mais eliminando um rival eterno nas semifinais”, sentenciou.