Os mongóis, povo iletrado e nômade, originário das estepes da Ásia Central, fundaram, entre os séc XII e XIV da era cristã, o maior império em área contínua que o mundo já viu, abrangendo desde a fronteira oeste da Alemanha à Coréia, e desde o Oceano Ártico até a Turquia e o Irã.
Exímios guerreiros, famosos por seus cavaleiros e pelos longos rebanhos, os mongóis brigavam há séculos entre si pelo domínio do país, até que em 1206, um guerreiro, chamado Temujin, foi declarado Gengis Khan(líder supremo da Mongólia) e unificou a nação, juntando todas as inúmeras tribos nômades sob uma bandeira.
Após a unificação da Mongólia, o primeiro alvo de Gengis Khan foi a China. Munido de um exército hábil, organizado e disciplinado, atravessou a Grande Muralha e rendeu Pequim em 1215. Entre 1221 e 1225, em incessantes campanhas, os mongóis avançaram sobre os estados muçulmanos e se tornaram donos de um império que se estendia até o Golfo Pérsico.
Mesmo depois da morte do líder, em 1227, as conquistas prosseguiram com seus sucessores, que continuaram expandindo o território pela Ásia muçulmana e pela Europa cristã. Os principados russos foram aniquilados em 1238 e a cidade de Kiev foi rendida em 1240. No mesmo ano, houve ataques à Polônia e à Hungria. As tropas também derrubaram Bagdá, em 1258. Até o final do século 13, os avanços prosseguiram principalmente pela China e pelo sudeste asiático.
Apesar de tantas e rápidas conquistas, o império não conseguiu manter uma unidade, sendo incapaz de manter os povos conquistados sob seu jugo. Essa instabilidade gerou a formação de reinos menores, sendo o império extinto em 1368, com a expulsão dos descendentes de Gengis Khan da China.
O maior legado desse povo ao mundo ocidental foi a reabertura das rotas de comércio entre Oriente e Ocidente, destacando-se a Rota da Seda(que ia da China ao Mediterrâneo), que acelerou o Renascimento Comercial e Urbano na Europa Medieval.