Na última sexta-feira, o presidente do São Paulo, Julio Casares, realizou uma entrevista coletiva para abordar as declarações do volante Luiz Gustavo, que se manifestou após a derrota do time por 6 a 0 para o Fluminense, em um jogo realizado no Maracanã pelo Campeonato Brasileiro. Casares reconheceu a frustração do atleta, afirmando que essa frustração é compartilhada por todos no clube, e destacou que os erros enfrentados são de natureza coletiva, envolvendo a gestão, a comissão técnica e os jogadores.
O presidente disse: "Eu vejo com normalidade até a frustração do Luiz, que é a nossa frustração. É um grande profissional e acredito que a mensagem que mais tocou foi que ele não apontou A, B ou C. É uma questão coletiva." Casares também comentou sobre a série de lesões que afetaram a equipe, que, segundo ele, contribuíram para a falta de competitividade do grupo: "Eu entendo que essa falta de condição competitiva também se deu por excesso de lesões. Não é normal."
No dia da coletiva, Luiz Gustavo expressou que "as pessoas têm que vir e assumir algumas situações". A declaração causou impacto, levando a um diálogo entre o volante e Rui Costa, o executivo de futebol do clube, para resolver tensões entre os atletas e a direção. Casares mencionou que a conversa foi interna e necessária, considerando que todos no clube têm uma parte de responsabilidade.
A repercussão das declarações de Luiz Gustavo foi imediata. No mesmo dia, o diretor de futebol Carlos Belmonte e seus adjuntos optaram por deixar seus cargos, o que resultou em mudanças significativas na estrutura da equipe. Rui Costa assume agora a liderança principal do departamento de futebol, enquanto figuras como Muricy Ramalho e Marcio Carlomagno ganharam influência com as recentas adaptações.
Rui Costa, ao comentar sobre as palavras de Luiz Gustavo, destacou que, embora a indignação do atleta seja compreensível, todos são responsáveis pelo desempenho do time. "Depois de um resultado vexatório, ele manifestou sua indignação. É difícil um atleta com a história dele aceitar isso. Mas devemos atuar com racionalidade para intervir. Não há nada que justifique o resultado de hoje; precisamos pedir desculpas ao torcedor e trabalhar para melhorar", enfatizou o dirigente.