O anúncio sobre a necessidade de Rogério Ceni operar o ombro e ficar de três a seis meses fora – perderá no mínimo o Campeonato Paulista – transforma o presente tão esperado por Denis em um duro teste. Terá de mostrar suas qualidades – parece a parte mais fácil – comandar a remodelação de uma defesa e suportar comparações com alguém que tem história incomparável no clube.

A operação vem em péssima hora. O time está passando por uma reformulação na defesa, com a chegada de dois zagueiros de área e de Cortez na lateral. Muita coisa muda, de posicionamento defensivo à saída de bola. Não é o momento ideal para a chegada de um novo goleiro que, apesar de algumas partidas muito boas, ainda é uma incógnita.
Os diretores do clube acenam com possibilidade de renovar o seu contrato por mais um ano. O vínculo terminaria somente no final de 2013. Dizem que Rogério será o goleiro na campanha da Libertadores 2013. Autoconfiança exagerada que pode ser confundida com a velha arrogância tricolor. O clube nem está classificado, mas, precipitação a parte, a idéia da renovação é muito boa. Dá confiança ao grande ídolo do clube, dá apoio ao jogador em uma hora difícil, é como dizer “estamos ao seu lado, estamos juntos, vamos sair dessa, seremos campeões novamente”.
Rogério merece o afago pelo que representa na história do clube. Merece um ano a mais de contrato por ser o goleiro que é. O São Paulo fica mais forte com ele.
E como é injusto o esporte. Com menos de 40 anos, a pessoa é considerada velha. E é velha mesmo, pelo menos para a prática da profissão que escolheu. E que é o que melhor sabe fazer na vida.