Pelo terceiro ano seguido, Palmeiras e São Paulo vão terminar a temporada sem conquistas. Para aliviar a enorme frustração de seus torcedores, os rivais entram em campo neste domingo, às 17h, no Estádio do Pacaembu.
Os objetivos são diferentes. Enquanto o Tricolor ainda briga por uma vaga na Taça Libertadores, o Verdão quer aproveitar as duas últimas rodadas do Brasileirão para atrapalhar os seus principais adversários — no próximo fim de semana, o Alviverde enfrenta o Corinthians, também no Pacaembu. Até este sábado, 16 mil ingressos já haviam sido vendidos.
No clube do Morumbi, a conta é simples: duas vitórias devem colocar a equipe na próxima edição do torneio continental e salvam a temporada.

“Ganhando estas duas partidas, teremos uma vaga na Libertadores. O Palmeiras vai tentar dificultar. Eles querem tirar a gente da Libertadores, já que estão jogando sem brigar por nada”, comentou o atacante Luís Fabiano.
Para estimular seus jogadores, a diretoria palmeirense vai aumentar o bicho em caso de vitórias contra os rivais.
“Temos dois jogos para fazer a torcida comer um peru melhor no Natal. O que acontecer com os rivais é problema deles. A premiação extra para os atletas é normal. E não será um coala, será um dinossauro”, comentou Roberto Frizzo, vice-presidente de futebol do Palmeiras.
As declarações da cúpula alviverde esquentaram ainda mais a rivalidade entre as duas equipes. Do lado são-paulino, o atacante Fernandinho não perdeu a oportunidade de provocar o adversário.
“Os maiores times pagam mais. São Paulo é São Paulo e sempre tem mais dinheiro. Aqui, nunca falta. Eles estão dobrando o bicho porque sabem da importância do clássico e sabem o quanto é difícil vencer o São Paulo. Eles se preocupam com a gente”, comentou.
Técnicos em paz/ Principais personagens do clássico deste domingo, Luiz Felipe Scolari e Emerson Leão resolveram não colocar mais lenha na fogueira.
“Não é hora de provocar o vizinho. O Palmeiras sempre será digno por tudo que é e foi. Acho que o Felipão não precisa provar nada para ninguém, assim como a equipe onde trabalha. E ele trabalha muito bem para isso. Meu respeito pelo Felipe é o mesmo de antes”, disse.
Com discurso parecido, Felipão ainda destacou a amizade que tem com o treinador são-paulino fora das quatro linhas.
“Qual é a finalidade de armar uma guerra com o São Paulo? Eu e Leão somos amigos e, depois do jogo, a amizade vai aumentar”, disse.
