Depois de um começo fulminante sob o comando de Paulo César Carpegiani, quando venceu os seus cinco primeiros jogos, uma goleada impiedosa por 5 a 0 para o Corinthians começou a selar o destino de Carpegiani, sacramentado após as derrotas para Botafogo e Flamengo.
O auxiliar Milton Cruz comandou a equipe e conseguiu dois triunfos. Assim, nos dez primeiros jogos, sete vitórias e três derrotas. Dos 30 pontos disputados, o time conquistou 21. Aproveitamento de 70%.
Adilson estreou contra o Atlético-GO, justamente o próximo rival, no Morumbi. Com ele iniciaram-se também os empates. Foram nove em 19 jogos. Assim o rendimento da equipe despencou.
Além das nove igualdades, o time ganhou seis jogos e foi derrotado quatro vezes. De 57 pontos, conquistou 27. Ou 47,4%.
Para amenizar o desempenho atual, comissão técnica e elenco confiam em uma arrancada nos moldes que levou o clube ao tricampeonato brasileiro, em 2008. Na ocasião o time venceu sete e empatou duas vezes nas nove rodadas finais.
Porém o São Paulo amarga um jejum de cinco jogos, igualando a sua maior sequência sem vitórias na competição.
Com a isso a insatisfação da torcida, presente desde o início da sua passagem pelo Morumbi e que foi intensificada no jogo 1.000 de Rogério Ceni, ganhou corpo na estreia de Luis Fabiano contra o Flamengo, quando os mais de 60 mil presentes xingaram Adilson de burro ao vê-lo sacar o centroavante para a entrada do volante Carlinhos Paraíba logo após a expulsão de Lucas. Na última quarta-feira, ao fim do jogo contra o Inter, a vaia foi grande.

Os questionamentos de parte da diretoria e de conselheiros influentes também começaram a aparecer. Há até uma ala que defende a troca imediata e a volta de Milton cruz ao comando. O presidente Juvenal Juvêncio, entretanto, apoiou o treinador na quarta-feira.
O grupo também mostrou deu suporte a Adilson. O zagueiro Rhodolfo veio a público nesta quinta-feira, na reapresentação do grupo após o melancólico resultado ante os gaúchos e fez questão de defender o comandante.
"Se vaiam o Adilson, estão me vaiando também e a todos nós. Todos precisam assumir sua parcela de culpa. Se não estamos bem, não é só por causa dele, mas por quem está entrando em campo", disse, enfaticamente, o beque.
Ele concorda com os apupos após as partidas, uma vez que os torcedores "estão pagando ingresso e têm esse direito."