"Daqui a pouco, o time ganha e com paciência dá para conquistá-los nesse namoro. Tenho me dedicado, me esforçado e feito o melhor para conquistar o torcedor", argumentou o treinador, que não gosta de admitir, mas até o presidente do clube sabe que seus maus resultados nos três últimos clubes (Corinthians, Santos e Atlético-PR) o prejudicam.
"O Adilson tem uma imagem que não é boa com a torcida porque, quando chegou ao São Paulo, a mídia registrou uma estatística correta de que saiu do Corinthians, do Santos, não sei de onde. O grande público absorveu o fato, mas essa imagem ficou. Como o time não correspondeu, ficou imagem nebulosa que espero que melhore", disse Juvenal Juvêncio.

Nesta quarta-feira, um dos principais focos da indignação da torcida foi a troca de Dagoberto por Marlos. O técnico explicou que o artilheiro do time na temporada pediu para sair porque sentia dores, mas que compreende a reação de quem estava nas arquibancadas. Quem não gosta das críticas ao comandante é Juvenal, que culpa os jogadores.
"Não estou satisfeito é com o rendimento que a equipe proporcionou até agora. Em um exame sereno e isento, se vê que o São Paulo é altamente competitivo e não mostrou isso. Não vou enumerar razões para não parecer desculpa, mas os resultados não têm sido alvissareiros. Não estão produzindo o que poderiam. Oxalá a partir de agora possam melhorar", comentou o dirigente, enaltecendo Adilson.
"Estou satisfeito com o Adilson. Ele é um cara sério. Seriedade em técnico de futebol não era uma vitória, mas hoje é. E o Adilson é trabalhador, gosta do que faz, participa, vibra, é importante", elogiou. Um apoio que o treinador agradece imensamente.
"Eu já esperava por essas cobranças pela grandeza do clube. Estou super contente no São Paulo, aproveitando a cada dia o trabalho, o ambiente, a dedicação dos profissionais. Tenho o apoio da diretoria, conversamos todos os dias e eles me passam tranquilidade. Estou bem consciente da realidade e entendo o torcedor", relatou.
Para deixar de só entender e começar a agradar a torcida, Adilson Batista tem pouco tempo. Por opção do próprio técnico, seu contrato acaba no fim deste ano. Mas Juvenal avisa: não é necessário ser campeão brasileiro para ficar. "A renovação do Adilson não depende do título, não existe isso. Temos outras ponderações. A permanência dele não está relacionada a títulos", assegurou o presidente, bastante tranquilizador.