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Na mesma época em que chegava ao São Paulo Adilson Batista, sob o estigma da desconfiança. Agora, o peso da cobrança está sobre o Alvinegro, que sente a pressão e até mexeu no time. Barrou o capitão Chicão.
“O técnico está aqui para falar. Endurece o lombo e deixa bater. Tem que suportar, bater no lombo”, disse Tite ontem à tarde, pouco depois de uma faixa de protesto ser colocada na porta do CT exigindo a vitória.
Apanhar, Tite tem apanhado. Com duas derrotas consecutivas, nas últimas rodadas, o treinador vê aumentar o risco da demissão. Dirigentes reconhecem que ele só não caiu por falta de opções no mercado. E, na ânsia de melhorar, fez alterações. Bem radicais. Tirou Chicão e pôs Wallace. Passou Leandro Castán para a lateral esquerda sob o argumento de que Ramon está machucado e pôs Paulo André na zaga.
Tite admitiu receio com um problema conhecido: as bolas erguidas sobre a área. O treinador sabe que, um novo fracasso hoje, pode pôr a sua cabeça na bandeja do desemprego. Para ele, Chicão apresenta deficiência técnica nas bolas aéreas. “Chamei ele e conversei antes de anunciar”, ressaltou.
Pelo lado do Morumbi, Adilson vive dias mais tranquilos e a modificação na equipe é por um bom motivo. Sai Henrique e volta Dagoberto, que cumpriu suspensão. O técnico fez treino fechado ontem, e alimentou a dúvida entre Cícero e Rivaldo, mas o pentacampeão ficará mesmo no banco. A hipótese de lançar Luis Fabiano não foi descartada, mas o Fabuloso não ficará sequer no banco.
A gangorra dos treinadores é o tempero do clássico de hoje, mas os outros dois confrontos do ano tiveram momentos especiais. No Paulista, deu Tricolor 2 a 1, no centésimo gol de Rogério Ceni. No primeiro turno do Brasileirão, um troco daqueles: Timão 5 a 0 e crise no Morumbi. Agora é esperar para ver quem vai rir por último.