Rixa, liderança e tensão: um São Paulo x Corinthians como nenhum outro

Fonte TERRA

O duelo programado para as 21h50 (de Brasília) desta quarta-feira no Estádio do Morumbi irá muito além de dois rivais. Em campo, um conturbado Corinthians, terceiro colocado do Campeonato Brasileiro, desafiará o mandante e aparentemente tranquilo São Paulo, dono do segundo posto, sedento por "vingança" da humilhante goleada sofrida na partida de quase 100 dias atrás, em 16 de junho, pela sexta rodada.
São Paulo e Corinthians farão nesta quarta talvez o mais aguardado clássico entre os dois clubes que nos últimos anos esquentaram a rivalidade com provocações, ironias e ofensas. Esta será a primeira vez da história dos pontos corridos que os dois rivais ficarão frente a frente, ambos com chances de assumir a liderança no segundo turno do Brasileiro e minar a confiança do adversário. Um clássico sem outro igual em sua longa história.
O jogo é de alta tensão para um personagem em especial. Alvo de inúmeros protestos por parte da torcida corintiana, Tite coloca o emprego em campo apesar do apoio público manifestado pela diretoria depois da derrota para o Santos no último domingo. Um novo revés aumentará a pressão e deixará sua permanência quase insustentável.
"A corrida pelo título me parece mais significativa", rebate Tite, que vê o Corinthians líder por 20 rodadas, atualmente com 43 pontos, no terceiro lugar - um a menos que os tricolores. O Vasco é o atual dono do topo da tabela, com 45.
Desempate
Foram duas partidas na temporada e muitas histórias. Primeiro em Barueri, em fevereiro, vitória tricolor por 2 a 1 pelo Campeonato Paulista, fim de um jejum são-paulino de 11 jogos (ou quatro anos) conta o rival e ainda o 100º gol de Rogério Ceni. Quatro meses depois, o "troco" alvinegro, que massacrou o adversário por 5 a 0 no início do Brasileiro, com três gols de Liedson e uma falha incrível de Ceni no Pacaembu.
Passado que todos os envolvidos tentarão deixar de lado. "Foi importante participar daquele jogo, aquela vitória foi importante em sei, não pelo placar de cinco. Agora, o resultado é importante para mostrar consciência, lucidez, fazer nosso trabalho", discorreu o corintiano Tite. "A gente tenta esquecer, foi um jogo com muitos desfalques. É um jogo que não acontece mais", apontou o são-paulino Rhodolfo.
As partidas só aumentaram uma rixa que transforma o clássico em um eterno embate de bastidores. Dirigentes falastrões, referências veladas ao rival em discursos e um clima hostil que passa por questões além do futebol, com a preferência pela construção de um estádio corintiano para a Copa do Mundo de 2014 em detrimento do Morumbi.

Marca Br
Dentro de campo, Tite quer distâncias de pimentas e provocações que possam interferir no rendimento de sua equipe. "A rivalidade entre Corinthians e São Paulo aumentou, isso é verdade, mas o fator mais importante é estar na frente. O jogo é vencido dentro de campo, não vamos apelar", pediu.
Discurso semelhante teve o zagueiro são-paulino Rhodolfo, que aguarda um Morumbi cheio para receber pela primeira vez o encontro dos rivais na atual temporada e uma capital paulista mais que mobilizado pelo choque de dois aspirantes ao título nacional.
"Temos várias motivações para esse jogo. É um clássico, sabemos da rivalidade, a cidade inteira se mobiliza bastante com isso, ainda mais brigando pela liderança", comentou o defensor. "Queremos ser campeões, eles também. Será um jogo difícil e complicado, os dois têm condições de ganhar, e a torcida vai encher o estádio".
Ineditismo
Desde 2002, na década passada, quando os dois rivais se enfrentaram na semifinal da Copa do Brasil e o Corinthians seguiu adiante para ser campeão do torneio, um embate entre eles não tinha tanta importância por um título nacional.
Em Campeonatos Brasileiros por pontos corridos, disputados desde 2003, nunca houve uma briga direta pelo título entre os clubes como se desenha nesta edição. Se terão fôlego para continuar no páreo pelas próximas 13 rodadas, São Paulo e Corinthians dependem muito do que farão nesta quarta no Morumbi.
Forças quase máximas
Se no duelo do primeiro turno o São Paulo sofreu com desfalques, nesta quinta o time terá força quase máxima em campo. Só uma possível reestreia de Luís Fabiano, promovida como mistério durante a semana e não concretizada, poderia configurar uma baixa tricolor.
Pelo lado corintiano, Tite não terá à disposição os laterais Ramon e Fábio Santos, contundidos. Chicão deixa o time por opção técnica e a defesa terá uma formação quase inédita com:
Alessandro,
Wallace,
Paulo André e
Leandro Castán.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO X CORINTHIANS
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 21 de setembro de 2011, quarta-feira
Horário: 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa-SP)
Assistentes: Roberto Braatz (Fifa-PR) e Altemir Hausmann (Fifa-RS)
SÃO PAULO:
Rogério Ceni;
Piris,
João Filipe,
Rhodolfo e
Juan;
Wellington,
Carlinhos Paraíba,
Casemiro e
Cícero;
Lucas e
Dagoberto
Técnico: Adilson Batista
CORINTHIANS:
Júlio César;
Alessandro,
Wallace,
Paulo André e
Leandro Castán;
Ralf,
Paulinho e
Alex;
Willian,
Emerson e
Liedson
Técnico: Tite
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