"Não sei o que o Mano pensa, mas sou meia, não atacante. Não gosto de jogar de costas para o gol, mas de chegar com a bola dominada. Sou um meia-atacante que tem velocidade e fica mais próximo dos atacantes, vindo com a bola de trás, ou um meia-armador como o Rivaldo e o Ganso", explicou Lucas.
O treinador da Seleção começou a conviver com pedidos mais intensificados pelo camisa 7 do São Paulo na vitória por 1 a 0 sobre a Romênia, no Pacaembu, e ouviu o coro aumentar durante a Copa América e nos três amistosos seguintes. Mas sempre insiste que a característica de condução de bola o coloca como opção para atuar pelos lados do campo em seu esquema 4-2-3-1.
Chamá-lo sem usá-lo, contudo, já gerou protesto até de Rivaldo no Twitter, que definiu a situação como uma "brincadeira" de Mano. A irritação ocorreu principalmente por não escalar o garoto em um time que só teve atletas que atuam no Brasil diante da Argentina no Superclássico da última quarta-feira.
Lucas, por sua vez, prefere se manter afastado da discussão. "O Rivaldo me apoiou bastante, assim como meus companheiros no São Paulo. Mas tem muita gente que achou que eu deveria ter jogado e outros achando que não. Cada um tem a sua opinião e respeito todas. Só tenho que ficar tranquilo e continuar trabalhando forte."

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Para evitar uma confusão que pode até tirá-lo das próximas convocações, o jogador de 19 anos ainda nem procurou Mano para saber dele a razão de não entrar em campo. E alerta que não vai fazê-lo quando reencontrar o comandante da Seleção Brasileira.
"Não tenho que perguntar nada. O treinador não conversa quando o jogador vai entrar, então não tem que conversar quando não o coloca. Tenho é que fazer a minha parte dentro de campo", comentou Lucas.