Porém, mesmo sendo um dos reis dos pontos corridos e o clube que mais títulos faturou neste formato — 2006, 2007 e 2008 —, o Tricolor parece ter desaprendido a fórmula, já que, até aqui, em 11 exibições diante de sua torcida, o time soma apenas 54,5% de aproveitamento, número inferior ao obtido longe do Morumbi (63,8%) que, inclusive, é o que deixa os são-paulinos no pelotão de frente e compensa os vacilos em casa.
Dessa forma, com apenas uma sequência de duas vitórias no Morumbi neste Brasileirão, algo que aconteceu há um bom tempo, há mais de três meses — nos dois primeiros jogos do torneio, contra o Figueirense, por 1 a 0, e Grêmio, por 3 a 1 —, o Tricolor luta para, enfim, acabar com o estigma de que não é um mandante indigesto como tem sido um visitante.
“Temos que melhorar em todos os aspectos. Um time que quer ser campeão tem que ir bem fora ou dentro de casa”, enfatizou o volante Wellington, que ainda decretou. “Chegamos num momento que não podemos mais tropeçar neste Campeonato Brasileiro.”
Assim, contra o Ceará, no sábado, o time de Adilson Batista terá a chance de igualar a sua maior sequência em casa neste Nacional e, mais do que isso, não deixar Corinthians e Vasco dispararem — em caso de vitória e uma combinação de resultados, o Tricolor pode até mesmo terminar a 24ª rodada na liderança.

Mesmo com a derrota para o Grêmio no último final de semana, o time segue confiante em melhorar o desempenho e buscar o heptacampeonato nacional, já que, na última vez que atuou no Morumbi, contou com o apoio de mais de 63 mil são-paulinos no milésimo jogo do goleiro Rogério Ceni, na semana passada e, assim, conseguiu vencer o Atlético-MG, por 2 a 1, com gols de Lucas e Dagoberto.
“O São Paulo vai assumir a liderança. Não vamos sair da zona da Libertadores até o fim e vamos ser campeões”, profetizou o volante são-paulino.
Agora, o time precisa pôr em prática toda a confiança das palavras.