Ademilson Braga apresentou-se à Seleção sub-17 com dois gols e uma atuação daquelas. Era a sua estreia com a camisa amarelinha e também do Brasil no Mundial da categoria, no México, na vitória por 3 a 0 sobre a Dinamarca. Mas ele não parou por aí. Sem sentir qualquer pressão de estreante, o atacante do São Paulo marcou mais três vezes, igualou o recorde do país com cinco e ajudou a equipe do técnico Emerson Ávila a chegar à nona semifinal da competição, nesta quinta-feira, às 17h (de Brasília), em Guadalajara, contra o Uruguai. O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real, com vídeos.
E, se o sonho do tetracampeonato mundial sub-17 está vivo até o momento, o responsável tem nome e sobrenome.
– Eu sempre esperava ser convocado, mas não direto para o Mundial. Foi uma surpresa muito grande, até pensei que iria sentir o peso da camisa, mas meus companheiros, familiares e amigos conversaram comigo antes e me tranquilizaram. Agora já me sinto mais confiante – disse Ademilson, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM.
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Nascido em Cubatão e criado em São Vicente, litoral de São Paulo, ele se define como “brincalhão” e um “cara de bem com a vida”. Na infância, não passou por tantas dificuldades financeiras e, muito graças a Celestino, dono de uma escolinha da Baixada Santista, pôde chegar a esta quinta como protagonista.<br>
A importância de Ademilson será ainda maior contra a Celeste, já que o meia Adryan, do Flamengo e outro grande destaque da campanha, está suspenso pelo acúmulo de dois cartões amarelos – Lucas Piazon e Nathan, por sua vez, retornam. A meta, claro, é levar a Seleção à decisão de domingo contra o vencedor de México e Alemanha. Embora o atacante não se importasse nada em chegar aos números do marfinense Souleymane Coulibaly, que se despediu do Mundial com nove gols em quatro jogos – Benzia, da já eliminada França, e Yesil, da Alemanha, também somam cinco .<br>– É possível, mas o meu primeiro objetivo é ser campeão. Prefiro levar o título e não ser artilheiro do que ser artilheiro e não ser campeão. Mas se vierem os dois juntos seria excelente! – afirmou.<br><img src=)
... ou de azul: cinco gols em cinco jogos (Foto: EFE)
Entre os brasileiros Ademilson já é o recordista. Com cinco gols, ele igualou-se a William, ex-Vasco e Flamengo, artilheiro na primeira edição do torneio, em 1985, na China. E ainda jogará mais duas vezes. Que a última seja na finalíssima.